Facção fecha o comércio em Chorozinho após PM invadir casa e matar adolescente

Família acusa policiais de terem entrado na casa e fuzilado o menor quando ele dormia

O garoto Darlisson foi morto dentro de casa, na madrugada de hoje

01/07/20 11:04

A cidade de Chorozinho, na Região Metropolitana de Fortaleza, está em clima de tensão nesta quarta-feira (1º) após a morte de um adolescente de 13 anos. A família do garoto sustenta que ele  foi executado sumariamente, a tiros, quando dormia em casa e os autores do crime seriam policiais militares.  Por ordem de bandidos de uma facção, todo o comércio do Município fechou as portas e as atividades comerciais estão paralisadas.

O crime teria ocorrido durante a madrugada.  Uma tia do garoto, identificado como Darlisson Ramon, denunciou em um vídeo nas redes sociais que o adolescente estava em casa quando uma patrulha do Batalhão de Comando Tático Rural (Cotar) chegou ali. “Eles bateram na porta e eu abri. Pediram para entrar e mataram o  garoto, que estava dormindo”, denunciou.

O clima após o assassinato ficou tentou e, no começo da manhã, bandidos integrantes de uma facção espalharam na cidade que haverá represálias por conta da morte do adolescente. Os criminosos ainda determinaram que o comércio da cidade  não abrisse as portas.

O clima é de tensão e já há ameaças de que os moradores farão protestos ao longo do dia para denunciar a ação dos policiais militares.  Prometem bloquear a rodovia BR-116.

O corpo de Darlisson  foi removido para a a Perícia Forense (Pefoce), em Fortaleza.

Assassinatos em Maranguape

Dois irmãos,  identificados como Carlos Eduardo Cassiano Cavalcante e Carlos Rafael Cassiano Cavalcante, foram  assassinados a tiros no distrito de Amanari, em Maranguape, por volta das 5h da manhã desta quarta-feira (1º). Durante a ação criminosa, a mãe das vítimas, Liliane Paulino Barbosa, conhecida como Tuca, também foi baleada. Ela foi levada ao Instituto Doutor José Frota (IJF) e está internada em estado grave.

Irmãos e mãe foram atingidos pelos disparos, no entanto, nenhum dos três era o alvo dos suspeitos. De acordo com uma fonte da Polícia Civil em Maranguape, os criminosos estavam à procura do companheiro de Tuca, apontado pela polícia como o chefe da organização criminosa Guardiões do Estado (GDE) no Amanari. Como ele não foi encontrado, a companheira e enteados foram baleados pelos criminosos. Ainda não há informações sobre a idade exata das vítimas, como foram surpreendidas durante a ação ou mesmo sobre o paradeiro do suposto líder da facção. Nenhum dos suspeitos foi localizado e/ou preso até a publicação desta matéria

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