O estado do Amazonas vive uma crise em decorrência do crescimento no número de casos do coronavírus. As internações na cidade estão batendo recordes e muitas unidades de saúde se encontram sem oxigênio. Pacientes estão sendo enviados para outros estados. Os cemitérios estão lotados e, por isso, precisaram ampliar os horários de funcionamento, além de instalarem câmaras frigoríficas. Para evitar a circulação do vírus, o Governo do Estado determinou, nesta quinta-feira (14), um toque de recolher, entre 19h e 6hrs.

A chamada segunda onda da Covid-19 assola o estado do Amazonas. A média móvel de casos da Covid-19 em todo o estado cresceu 183% em apenas 7 dias. Até esta quarta-feira (13), foram registradas cerca de 219 mil casos da doença e quase 6 mil mortes.

Manaus vive uma crise no abastecimento de oxigênio. Empresas locais não estão conseguindo abastecer os hospitais devido à enorme demanda. O Secretário da Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, disse ao G1 que o governo do Amazonas, em parceria com o Ministério da Saúde e as Forças Armadas, estão trabalhando no apoio logístico para o transporte do gás de outros estados.

A crise da falta de oxigênio está prejudicando pacientes internados com a Covid-19 em todo o estado. Cerca de 235 pessoas foram transferidas para unidades hospitalares dos estados de Goiás, Piauí, Maranhão, Brasília, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Toque de recolher

O governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou nesta quinta-feira (14) o toque de recolher em todo o estado. A medida deve valer a partir da publicação do decreto, que está prevista para hoje. A circulação de pessoas assim como todas as outras atividades, exceto serviços essenciais, serão proibidas de acontecer entre 19h e 6h. O intuito é frear a circulação do vírus.