Em seis anos, 120 agentes da Segurança Pública do Ceará foram assassinados
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Em seis anos, 120 agentes da Segurança Pública do Ceará foram assassinados

Na maioria, os agentes foram mortos em assaltos. Entre as vítimas estão duas mulheres

A violência tem deixado um rastro de morte nas corporações da Segurança Pública do Ceará nos últimos seis anos

06/02/2021 11:26

Em seis anos e um dois meses do atual governo do Ceará, nada menos que 120 agentes da Segurança Pública foram assassinados no Ceará. Entre o dia 1º de janeiro de 2015 até o dia 3 de fevereiro de 2021, foram mortos 84 policiais militares, 10 policiais civis, 14 guardas municipais, oito policiais penais, dois policiais rodoviários federais, um bombeiro militar e um delegado da Polícia Civil. Os números são frutos de uma pesquisa exclusiva realizada pelo CN7.com

Em 2015, foram assassinados no Ceará 15 agentes da Segurança Pública, sendo  10 policiais militares (7 da Ativa e 3 da Reserva Remunerada) e  cinco policiais civis. Já em 20166 esse número mais que duplicou, com 34 mortos, sendo 26 policiais militares (20 da Ativa, 5 da Reserva e um ex-PM), dois policiais civis, um delegado da Polícia Civil (da Ativa), doispoliciais rodoviários federais e três policiais penais (agentes penitenciários).

No ano de 2017, houve redução no número de agentes assassinados no estado. Foram 29 casos contra 34 de 2016. Em 2017, foram mortos no Ceará 22 PMs (16 da Ativa e seis da Reserva Remunerada), seis guardas municipais e um policial civil (inspetor).

Em 2018, foram registrados 18 assassinatos de agentes da Segurança, sendo 12 PMs (6 da Ativa e 6 da Reserva Remunerada), um ex-PM, dois policiais penais e três guardas municipais.

Queda e aumento

Em 2019 aconteceu uma queda acentuada no número de assassinatos no estado do Ceará e cinco agentes da Segurança foram mortos, sendo um PM da Ativa, outro da Reserva Remunerada, um bombeiro militar e dois guardas municipais.

Em 2020, o número de profissionais da Segurança Pública mais que triplicou em comparação ao ano anterior (com apenas 5 casos em 2019). Foram 18 agentes mortos, sendo 10 PMs (sete da Ativa, dois da reserva Remunerada e um ex-integrante da Corporação), além de quatro policiais penais, dois guardas municipais, um policial civil (inspetor)  e um policial rodoviário federal aposentado.

Neste ano (2021), foram registrados dois assassinatos, sendo as duas vítimas policiais militares da Ativa. Um foi morto no dia 29 de janeiro e outro na última quarta-feira (3).

Mulheres assassinadas

Entre os 120 agentes assassinados nos últimos cinco anos, figuram duas mulheres. A primeira foi a inspetora da Polícia Civil, Maria Gorete de Oliveira, morta a tiros durante uma tentativa de assalto na manhã do dia 12 de junho de 2017 na Avenida José Leon, no bairro Parque Manibura.

Já no dia 22 de maio do ano passado, a policial penal Ana Paula Vieira de Oliveira, 29 anos, foi também morta durante um assalto na BR-116, altura do quilômetro 21, em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Delegado e coronel mortos

Também entre os mortos estão um coronel da PM e um delegado da Polícia Civil

Na manhã do dia 15 de novembro de 2026, o delegado da Polícia Civil, Audízio Ferreira Santiago, 57 anos, foi morto por assaltantes durante uma tentativa de roubo quando ele voltava de uma igreja junto com familiares. O crime aconteceu na Rua Noruega, no bairro Maraponga. Bandidos roubaram o carro do delegado, que posteriormente, foi localizado na comunidade Babilônia, no bairro Barroso. O delegado estava desarmado na hora do crime.

No dia 11 de novembro de 2018, um oficial superior da Polícia Militar foi atingido a facadas . O coronel da Reserva da PM Flávio Sales Gadelha acabou sendo agredido na cidade de Paracuru (a 100Km de Fortaleza), durante uma discussão sobre política. O autor do crime foi um cunhado do coronel. Dois dias depois (13), Gadelha morreu em um hospital particular em Fortaleza.

Policiais executados

No começo da tarde do dia 11 de dezembro de 2018, três policiais foram mortos, a tiros, quando almoçavam em um bar localizado no bairro Vila Manuel Sátiro, em Fortaleza. As vítimas do triplo assassinato foram: Antônio Cézar Oliveira Gomes, 50 anos, 2º tenente da Reserva Remunerada; Sanderleu Cavalcante Sampaio, 46 anos, subtenente da Ativa da PM; e o sargento José Augusto de Lima, 58 anos, da Reserva.

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