Elmano se reúne com Haddad para articular medidas de enfrentamento ao tarifaço dos EUA
Reunião ocorrerá em Brasília
(Foto: Carlos Gibaja/Governo do Ceará)
31/07/2025 17:58
O governador Elmano de Freitas se reúne nesta sexta-feira (1º), em Brasília, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir medidas que reduzam os impactos econômicos provocados pela nova tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. O encontro ocorre em meio à mobilização do Governo do Estado para tentar proteger setores cearenses mais vulneráveis à medida.
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Na quinta-feira (31), Elmano fez um pronunciamento em que classificou o tarifaço como "absurdo" e "injustificável", destacando que busca articulação com o Governo Federal, inclusive com o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. Segundo ele, a intenção é preservar empregos e manter a competitividade das empresas locais.
No mesmo dia, o governador se reuniu com integrantes da Casa Civil, da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Como resultado, foi determinada a realização de encontros individuais com setores diretamente afetados pela taxação, como os de pescados, castanha de caju, água de coco, cera, couros e calçados.
Outra medida anunciada é a articulação com a Receita Federal, o Ibama e o Porto do Mucuripe, com o objetivo de acelerar o envio de mercadorias aos Estados Unidos antes da entrada em vigor das novas tarifas, prevista para 6 de setembro. O governador também planeja dialogar com o consulado da China, na tentativa de ampliar mercados alternativos.
Ainda segundo Elmano, está em análise a possibilidade de o Estado adquirir mercadorias de produtores locais — sobretudo alimentos perecíveis — para uso em programas sociais e na rede pública. Outras medidas de apoio econômico também estão sendo estudadas, respeitando os limites do equilíbrio fiscal.
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O chefe do Executivo estadual afirmou que o momento exige união, independentemente de divergências políticas ou ideológicas. "Essa é a nossa luta", disse, ao defender ações conjuntas entre governo, setor produtivo e instituições federais para conter os efeitos das sanções comerciais impostas pelos EUA.
Assista ao pronunciamento: