Elmano descarta reaproximação com Ciro Gomes em entrevista para Veja - Cn7 - Sem medo da notícia

Elmano descarta reaproximação com Ciro Gomes em entrevista para Veja

Governador do Ceará também falou sobre combate às facções e Eleições 2026

Elmano descarta reaproximação com Ciro Gomes em entrevista para Veja

Elmano de Freitas

21/03/2025 9:11

O governador do Ceará, Elmano de Freitas, foi o entrevistado da revista Veja desta semana na tradicional seção "Páginas Amarelas". Ele descartou a possibilidade de reaproximação com o antigo aliado Ciro Gomes (PDT) e falou do trabalho que o Governo tem feito para combater o crime organizado no estado.

Elmano torce para que os irmão Cid Gomes (senador pelo PSB) e Ciro Gomes (ex-presidenciável pelo PDT) façam as pazes -- eles brigaram no pleito em que Elmano foi eleito: Ciro apoiou Roberto Cláudio e Cid, tacitamente, o petista. Mas quando o assunto é reatar laços políticos, o assunto é outro.

"Do ponto de vista político, a postura que o Ciro tem hoje em relação ao PT, em especial ao presidente Lula e ao ministro Camilo Santana, é inaceitável e inviabiliza termos um relacionamento político positivo. O posicionamento dele falta com a verdade e é completamente desvinculado da realidade, seja no estado, seja no país", disse.

O governador ainda alfinetou Ciro. "É só olharmos os últimos resultados eleitorais no Ceará: o grupo político que o Ciro expressa não elegeu praticamente nenhum prefeito. A população está dando um recado claro para ele".

Eleições 2026

Perguntado sobre a possibilidade do ministro da Educação, o ex-governador Camilo Santana, ser uma opção ao nome de Lula para concorrer ao Planalto, Elmano foi taxativo. "Lula será o nosso candidato a presidente. Vai chegar muito forte para a reeleição e será reeleito, se Deus quiser".

Facções

Na área de Segurança Pública, Elmano ressaltou o trabalho no combate ao crime organizado. "Temos buscado investir na área de inteligência, fazer estudos sobre lavagem de dinheiro, porque entendemos que é importante asfixiar essas quadrilhas. Furtos e roubos diminuíram, mas reduzimos muito pouco os índices de assassinatos no estado", disse Elmano.

O governador enfatizou a grandeza desse problema para o Ceará. "Temos facções disputando território e usando os jovens pobres. Mais de 80% dos homicídios no Ceará são de pessoas que integram essas organizações criminosas".

Elmano bateu na tecla de que a capilaridade do crime organizado é nacional. "Infelizmente, a atuação do crime organizado ocorre no Brasil inteiro. Não é fenômeno de um só estado. O que temos feito no Ceará é enfrentar com muita força as facções. Temos reforçado nossas tropas e feito várias prisões, desarticulado grupos criminosos. Defendo sempre que haja uma união do país contra a violência, que os estados possam ter um apoio mais forte do governo federal, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso para verificar a questão das leis".

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