O governador Elmano de Freitas afirmou nesta quinta-feira (7) que o pacote de medidas que o Governo Federal deve anunciar nos próximos dias, para mitigar os efeitos das novas tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, contemplará exportadores cearenses. A declaração foi dada após reunião em Brasília com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

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As tarifas começaram a valer na última quarta-feira (6) e atingem setores relevantes da economia cearense, como os de pescado e castanha de caju. Também participou da reunião o secretário do Desenvolvimento Econômico do Estado, Domingos Filho.

Segundo o governador, o plano federal permitirá que os estados dialoguem com o setor produtivo para buscar alternativas que garantam competitividade às empresas. "Vamos nos reunir com a nossa equipe do Estado para nos prepararmos e avançarmos até o anúncio", declarou Elmano em entrevista após o encontro.

Uma das possibilidades discutidas é a flexibilização para que governos estaduais possam adquirir, de forma simplificada, produtos que perderem espaço no mercado externo. "Temos uma carga considerável de pescado, de castanha de caju, produtos que podemos comprar e queremos fazê-lo", pontuou.

Desde o início da vigência das tarifas, o Governo do Ceará anunciou quatro medidas com objetivo de mitigar os impactos sobre os exportadores locais: auxílio financeiro a empresas que exportam para os EUA; compra de produtos dessas empresas para abastecer equipamentos públicos estaduais; antecipação de pagamento de créditos; e ampliação de incentivos fiscais. Um comitê estratégico também foi criado para acompanhar a aplicação das ações.

O projeto com as medidas foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa do Ceará. Agora, o governo estadual trabalha na regulamentação. "Estamos considerando as medidas federais para que possamos complementar e auxiliar as empresas cearenses a manter seus negócios nos Estados Unidos. O que não for possível exportar, avaliaremos a possibilidade de compra interna", acrescentou o governador.

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Além das medidas administrativas, o governo estadual articula, por meio da Casa Civil e da Secretaria da Fazenda, alternativas com representantes de supermercados para absorção da produção afetada.

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