A Procuradoria Geral da República (PGR) está cobrando os governadores informações sobre a situação dos hospitais de campanha destinados ao tratamento de pacientes com a Covid-19. O ofício é assinado pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, que integra o Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia do Coronavírus da PGR.

Entre as unidades está o Hospital de campanha construído no estádio Presidente Vargas (PV), que foi inaugurado no dia 18 de abril de 2020 e desativado em 21 de setembro. A construção, segundo o senador Eduardo Girão (Podemos), custou em torno de R$ 96 milhões. "Começou a chover denúncia e rapidamente desmontaram o hospital", disse o parlamentar. O pedido é feito em meio ao agravamento da pandemia, que está causando o aumento do número de mortes em decorrência da doença e a superlotação nos hospitais, com a falta de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) para o atendimento de pacientes.

Na opinião do senador, a desativação do hospital pode ser considerado um crime. "Omissão de socorro, crime de responsabilidade e até mesmo crime contra a humanidade. É um absurdo isso que aconteceu", disse. Ao todo, a União repassou R$ 420 bilhões para os estados para o enfrentamento à pandemia da Covid-19.

O objetivo da PGR é saber quantos e quais hospitais de campanha foram construídos nos estados, quais hospitais de campanha foram construídos e não entraram em funcionamento e a data de início do atendimento aos pacientes. E no caso da unidades que fecharam, a data e o motivo do fechamento. Por fim, a PGR quer saber também o destino dado aos insumos e equipamentos que faziam parte da estrutura destes hospitais de campanha que foram desativados.