Eduardo Bismack desafia Ciro e avisa que não vai mudar voto na PEC dos Precatórios

Se o apoio for mantido, o ex-ministro deverá desistir da disputa pelo Planalto

Deputado Eduardo Bismarck. (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

04/11/21 19:21

Mesmo após a “ameaça” de Ciro Gomes (PDT) de desistir da disputa para o Planalto nas eleições do próximo ano, os deputados do PDT se manifestaram afirmando que não vão mudar o voto no segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios e devem continuar apoiando a proposta. Se o apoio for mantido, o ex-ministro deverá desistir de vez da disputa do cargo de Presidente da República.

Entre os parlamentares que se manifestaram favoráveis no apoio à PEC dos Precatórios foi o deputado cearense, Eduardo Bismarck (PDT). “O acordo foi feito e o PDT não pode descumprir a palavra. Eu segui o partido, devo continuar seguindo, acredito que o partido vai manter a posição porque foi feito um acordo e os nossos pleitos estão mantidos no texto”, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.

Eduardo Bismarck, filho do prefeito de Aracati, Bismarck Maia (PTB), é considerado um aliado próximo aos Ferreira Gomes no Ceará. A resposta contrária ao desejo de Ciro Gomes pode soar como um “tiro de misericórdia” na candidatura do ex-ministro.

PEC dos Precatórios aprovada em 1º turno

Em votação na Câmara dos Deputados realizada na madrugada desta quinta-feira (4), foi aprovada, em primeiro turno, o texto-base da PEC dos Precatórios. O placar terminou em 312 votos à favor da proposta e 144 contrários. A proposta recebeu apenas quatro votos à mais que o necessário para a aprovação de uma emenda à Constituição, que é de 308.

Entre os partidos considerados de oposição que votaram à favor da PEC estão o PSB e o PDT. Dos 21 votos de parlamentares do PDT, 15 votaram à favor.

Segundo informações do G1, a proposta adia o pagamento dos chamados “precatórios”, que são dívidas do governo reconhecidas pela Justiça, para viabilizar a concessão do novo programa social Auxílio Brasil, que substituirá o Bolsa Família, e pagará R$ 400 por mês aos beneficiários.

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