A clínica Digestive Center dever ser alvo de inquérito penal por desdobramento da Operação Tantos, da Polícia Federal, que investiga a compra de votos do prefeito de Catarina, Thiago Paes de Andrade, e seu irmão, Jefferson Paes de Andrade, para vencerem as eleições do ano passado. O empreendimento é suspeito de ser uma lavanderia de dinheiro.

A Digestive Center, localizada na cobertura do Hospital São Matheus, está na mira de todos os órgãos fiscalizadores estaduais e federais. Indícios apontam que ela era a responsável por lavar o dinheiro da Prefeitura de Catarina, sob a batuta de Thiago e Jefferson, para ser usado em compra de votos e outros negócios.

Também há linha de investigação de que a Prefeitura de Catarina é que seja a lavanderia da clínica.

Em tempo

Com medo de sujarem as suas reputações, médicos que trabalhavam na Digestive Center já tinham pedido demissão antes mesmo de a Operação Tantos, da PF, ter dado batida na clínica.

Com a visita dos federais, mais médicos se preparam para pedir demissão.

Em tempo II

Na operação da PF, muitos documentos foram apreendidos que apontam indícios da ligação entre a Prefeitura de Catarina e a Digestive Center. Um dos donos da clínica, Helmut Poti, seria o maior envolvido.

Em tempo III

A PF, em Catarina, visitou, no mínimo 15 casas na Chapada e no São Francisco de pessoas que venderam voto para os irmãos Thiago e Jefferson. Essas pessoas se dispuseram a depor e revelar todo esquema.

Em tempo IV

Os investigados ainda informaram aos policiais que o presidente da Câmara de Catarina, Francisco Augusto, também estava na jogada para conseguir votos por meio do dinheiro da Prefeitura/Digestive Center.