Delegados da PF descartam interferência política em operação contra Ciro e Cid
Eles são críticos ao governo Bolsonaro e foram ouvidos pela coluna Painel da Folha
Cid e Ciro Gomes
16/12/21 10:20
A coluna Painel da Folha de S. Paulo desta quinta-feira (16) ouviu delegados da Polícia Federal (PF) críticos ao presidente Bolsonaro que descartaram interferência política na Operação Colosseum, deflagrada ontem, contra o presidenciável Ciro Gomes (PDT) e o senador Cid Gomes (PDT-CE). Os delegados disseram que “a chance de ter havido uma interferência ou pedido de Jair Bolsonaro na operação é praticamente zero”.
Por isso, segundo a coluna “as declarações de Ciro Gomes foram consideradas oportunistas dentro da polícia. O pré-candidato culpou o ‘estado policial’ de Bolsonaro por ter sido alvo de buscas”.
Os delegados lembram, por exemplo, que Bolsonaro “foi intimado nesta semana a depor no inquérito do vazamento e, há alguns dias, Josimar Maranhãozinho (PL-MA) sofreu buscas logo após Bolsonaro se filiar à sigla de Valdemar Costa Neto.
Em tempo
Como lembra Folha de S. Paulo: “A investigação, sobre fatos de 2010 a 2013, teve início em 2017 e é conduzida por um delegado do Ceará, com autonomia para traçar sua linha de apuração. Não é a primeira, nem será a última, operação deflagrada sobre episódios ocorridos há muito tempo. O pedido passa pelo Judiciário, que autorizou as medidas”.
Em tempo II
A Operação Colosseum investiga o recebimento de R$ 11 milhões em propina da Galvão Engenharia por Cid e Ciro, entre 2010 e 2013, quando das obras da Arena Castelão. Nesse período, Cid era o governador do Ceará.