O reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Custódio Almeida, foi empossado oficialmente em evento realizado na Concha Acústica da Reitoria, na noite desta sexta-feira (25). A solenidade contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana; do governador do Ceará, Elmano de Freitas, e demais autoridades. O período do mandato é de quatro anos.

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Custódio Almeida iniciou o discurso fazendo referência à canção "De volta ao começo", de Gonzaguinha, relembrando suas três décadas do magistério superior exercido na Instituição e as vivências no movimento estudantil quando foi aluno de Computação da UFC. A partir dos conceitos de uno (unidade) e díade (diferença), ele salientou a origem etimológica do termo universidade na cultura grega, e a missão de formar pessoas para a universalidade, a visão de conjunto e a autonomia.

"Eis um desafio para a liberdade e para a democracia. A universidade precisa guardar a unidade nas suas diferenças. É o lugar do confronto de ideias, das disputas intelectuais, do cultivo do diálogo, da elaboração de projetos e da experimentação. A Universidade é o maior e mais complexo laboratório de humanidades", pontuou.

O reitor mencionou as dimensões da Instituição que passa agora a presidir, com cerca de 50 mil pessoas, dentre estudantes, servidores docentes e técnico-administrativos, e campi localizados em Fortaleza, Sobral, Quixadá, Russas, Crateús e Itapajé, 128 cursos de graduação, 82 cursos de mestrado e 51 de doutorado.

"A Universidade é o lugar ideal para a gente ser feliz, nela nos ocupamos do que há de mais elevado: a emancipação das pessoas para o trabalho e para a vida e conquista da própria humanidade em nós. Estamos em um lugar privilegiado para o cultivo da criatividade e para a realização de sonhos", afirmou o reitor.

O ministro da Educação, Camilo Santana, apontou a importância do conjunto de políticas públicas educacionais no Brasil, em particular as de assistência estudantil e as cotas, que permitiram o ingresso de alunos de baixa renda, egressos das escolas públicas, pessoas negras e indígenas no ensino superior.

"Para mim, é uma alegria voltar a esta Casa, que faz parte da minha vida e da minha história. Aqui na UFC fiz a minha graduação, iniciei os primeiros movimentos políticos na militância estudantil. Eu não poderia deixar de vir como ministro participar deste ato. A Universidade pode contar com um egresso para que a gente possa construir uma educação de qualidade, inclusiva, que olhe para todos, e resgate a democracia", declarou.

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