A entrada do deputado federal Júnior Mano no Partido Socialista Brasileiro (PSB) gerou tensão nos bastidores da sigla no Ceará, especialmente entre o senador Cid Gomes e o presidente estadual da legenda, Eudoro Santana. O mal-estar veio à tona após declarações de Santana, que afirmou não ter tido qualquer contato com o parlamentar e ressaltou que sua filiação foi articulada diretamente pela Direção Nacional e formalizada no Ceará sob influência de Cid Gomes.

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O desconforto interno se agravou com as investigações da Polícia Federal que apontam Júnior Mano como peça-chave em um esquema de manipulação das eleições de 2024. As apurações indicam suspeitas de compra de votos, direcionamento de recursos públicos e envolvimento em um escândalo de emendas parlamentares. Além do deputado, o inquérito sugere a participação de outros políticos, empresários e até uma facção criminosa atuante no estado.

Diante da repercussão negativa, Eudoro Santana se manifestou, defendendo a necessidade de total transparência no caso. “Nós não temos tido nenhum contato. Ele entrou pela articulação nacional. A entrada dele foi formada na Executiva daqui pelo senador Cid. Esse tema ainda está em investigação, mas defendemos que tudo seja esclarecido: quem for culpado deve pagar”, afirmou.

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Em entrevista à Rede ANC, sobre a permanência do deputado na sigla, Santana foi enfático ao afirmar que o partido não aceitará filiados envolvidos em atividades ilícitas. “Evidentemente, não vamos aceitar no partido alguém que tenha comprovadamente ligações com facções criminosas, que são um grande problema para o nosso país. Mas, como ainda não há confirmação, estamos aguardando o desenrolar das investigações”, pontuou.

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