A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) divulgaram, nesta segunda-feira (30), os desdobramentos de ações realizadas no Rio de Janeiro para localizar e prender foragidos da Justiça cearense. As operações integram uma estratégia de rastreamento de suspeitos envolvidos em Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) nas cidades de Sobral, Varjota, Boa Viagem e outras da Região Norte do Ceará.

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As investigações, conduzidas pela PCCE com o apoio do MPCE, identificaram que integrantes de grupos criminosos haviam se refugiado em áreas dominadas por facções na capital fluminense. No último dia 26 de junho, três imóveis de luxo utilizados como esconderijo por esses suspeitos foram demolidos na região da Dionéia, na Rocinha. Os prédios, avaliados em cerca de R$ 6 milhões, tinham entre dois e seis andares, piscina, área gourmet e rotas de fuga camufladas.

A ação foi articulada com apoio da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), que executou a demolição. A medida aconteceu menos de um mês após uma operação conjunta deflagrada em maio, quando mandados de prisão e busca foram cumpridos contra integrantes de uma organização criminosa que, do Rio de Janeiro, coordenava crimes no Ceará.

Desde o início de 2024, a Polícia Civil do Ceará já efetuou 187 prisões de foragidos localizados em outros estados. Apenas entre janeiro e maio, foram 107 capturas. No último dia 18 de junho, um homem de 21 anos, suspeito de gerenciar o fluxo financeiro de um grupo criminoso em Santa Quitéria, foi preso no Rio. Informações de inteligência apontam que ele planejava expandir o domínio do tráfico de drogas na Região Norte do Estado.

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As ações refletem uma articulação entre órgãos estaduais do Ceará e do Rio de Janeiro para desmantelar redes criminosas interestaduais. Segundo o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Norte (DPJI-Norte), Marcos Aurélio, os trabalhos continuarão com foco na prisão de foragidos e no enfraquecimento da estrutura logística desses grupos. Três operações foram realizadas nos últimos seis meses, sendo duas em um intervalo inferior a 30 dias. Novas ações já estão sendo planejadas.