Criminalidade em alta da Grande Fortaleza obriga SSPDS a adotar medidas emergenciais

Em Caucaia, a segurança recebeu o reforço de 100 PMs para conter a guerra de facções

O ano de 2020 começou com uma acentuada alta das taxas de homicídios na RMF

14/02/20 11:27

A Grande Fortaleza, que inclui a Capital e mais 18 municípios metropolitanos, registrou nos primeiros 13 dias de fevereiro uma onda acentuada de mortes violentas causadas, principalmente, pela guerra entre facções. No período, foram registrados 71 assassinatos. A matança de integrantes de grupos criminosos rivais atingiu, especialmente, Fortaleza, Caucaia e Maracanaú, que, juntas, somaram 50 mortes. 

Entre os dias 1º  e 13 deste mês, 28 pessoas foram assassinadas nas ruas da Capital, além de outras 13 em Caucaia e nove em Maracanaú.  Entre as 28 vítimas da violência estão seis adolescentes.  O ritmo das execuções sumárias tem preocupado as autoridades da Segurança Pública, que adotaram medidas emergências para tentar conter o  “estouro” das estatísticas dos Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs) em todo o estado.

No mês de janeiro deste ano, o estado do Ceará apresentou um aumento real de 35.9 por cento dos assassinatos em comparação a janeiro de 2019. Foram totalizados neste ano, 261 crimes de morte, contra 192 em 2019, isto é, 69 assassinatos a mais.

Reforço

Diante da alta da criminalidade da RMF, a Secretaria da Segurança Pública adotou entre as medidas emergenciais a transferência de 100 policiais para o batalhão responsável pelo policiamento do Município de Caucaia, o 12º BPM.  Além disso, incrementou operações na cidade com a mobilização extra de patrulhas das tropas especializadas, como Raio e Choque, e o apoio da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer).

As medidas, por enquanto, ainda não surtiram o efeito desejado  pelas cúpulas da SSPDS e da Polícia Militar. Em Caucaia, por exemplo, as execuções sumárias continuam a desafiar as autoridades. A média nestes registrada naquele Município metropolitano nos 13 primeiros dias de fevereiro foi de um homicídio a cada 24 horas, ou seja, um morto por dia.

Os bairros e comunidades mais violentos de Caucaia, como Padre Júlio Maria, o Distrito de Jurema e os conjuntos habitacionais Araturi, Metropolitano (Picuí) e Nova Metrópole estão praticamente “loteados”  por criminosos pertencentes à facções.  As mortes violentas nestas comunidades são acompanhadas do temor e do silêncio dos moradores, o que dificulta o trabalho da Polícia para elucidar cada uma delas.

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