Corregedor-geral de Justiça quer o fim dos juízes TQQ’s no TJ Ceará

16/09/18 13:08

Quanto mais se for capaz de fazer uma auto avaliação institucional, afastando o excesso do corporativismo que dominava no Poder Judiciário Cearense, rompe-se a velha imagem de abandono dos fóruns do interior, que os jurisdicionados, se indagavam: “ A quem recorrer?”

O desembargador Francisco Darival Beserra Primo, corregedor-geral da Justiça do Ceará, tem liderado juntamente com sua equipe de juízes corregedores auxiliares, uma revolução na Justiça cearense uma salutar mudança de atitude, quebrando vários paradigmas.

O primeiro ponto é um desembargador deixar seu gabinete e levar a presença do TJ/CE aos pontos mais longe do Cambeba, nas diversas comarcas do interior cearense, outrora esquecidas.

O segundo ponto é reconhecer que a sociedade está cansada dos juízes TQQ’s, que apenas eram vistos em suas comarcas, às terças, quartas e quinta-feiras, simbolizando o descaso das administrações anteriores do TJ/CE, que só contribuíram para desvalorizar a imagem da corte.

Não se conformando com retrato de uma Justiça trôpega, corregedor-geral da Justiça do Ceará definiu como meta mudar os malefícios da improdutividade ausência e abstenção dos magistrados, adotando como prática a rotina, inspeções e visitas não agendadas em unidades judiciárias da Capital e do Interior do Estado.

Nesta semana (10 à 14/9), o  desembargador Darival Beserra, acompanhado do juiz corregedor auxiliar, Francisco Gladyson Pontes Filho, visitou as comarcas de Santa Quitéria, Nova Russas, Crateús, Tauá, Mombaça, Quixeramobim e Morada Nova, constatando a ausência de dois magistrados, os convocando para prestar as devidas explicações.

SEM JUÍZES TQQ – UMA JUSTIÇA PARA SE ORGULHAR

“A Corregedoria chamou os aludidos pretores [juízes] a justificarem perante esse órgão correicional as suas ausências. Como se sabe, eu tenho afirmado e reafirmado, aqui e alhures, que no Ceará não existem juízes que não compareçam diariamente em suas unidades judiciárias. Daí a razão pela qual enfatizo a necessidade do chamamento, para fins de que a classe judiciária cearense nunca mais seja atingida por esse vexame, que até pode acontecer em outros estados da federação brasileira”, explicou.

A atual diretoria do TJ/CE demonstra que com boa governança e diretrizes planejadas e executadas é possível cearenses uma nova Justiça, inclusive com a virtualização do acervo processual e implantação do PJE em todo o Ceará e a contratação dos novos juízes substitutos, com o concurso em andamento.

LINKS PATROCINADOS