Com medo de derrota, Planalto adia votação da reforma trabalhista no Senado

Romero Jucá e Michel Temer

30/06/17 15:19

O Planalto decidiu adiar para a segunda semana de julho a votação da reforma trabalhista no plenário do Senado. A ideia era votar o texto principal na próxima semana, mas a oposição na Casa está articulada para obstruir o processo e há risco real de uma nova derrota.

Mesmo com o adiamento, o Senado deverá votar, na próxima terça-feira (4), o pedido de urgência à tramitação do projeto. Caso aprovado, mesmo em caso de apresentação de emendas no plenário, a matéria não voltaria à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A matéria já sofreu uma derrota, ao ter o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB) foi rejeitado por 10 votos a 9 na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) no Senado. Apesar do valor simbólico do placar, a derrota não imprimiu prejuízo à tramitação da matéria.

O cuidado do Planalto para garantir a vitória no Plenário do Senado se deve ao ápice de sua fragilidade. Denunciado por corrupção passiva pela procuradoria geral da República, Temer se apoia somente no parcial apoio tucano e nas reformas trabalhista e da Previdência para se manter vivo. Não há espaço para erros de cálculo como aconteceu na CAS.

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