O vereador de Fortaleza Acrísio Sena (PT) destacou, nesta terça-feira (27), na Câmara Municipal, o manifesto "Sou autista e viver em comunidade é direito meu", da Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo (Abraça). O documento lembra que pessoas autistas “enfrentam as barreiras sociais do preconceito, da discriminação, da falta de apoios e de adaptações que as impedem de viver e participar de suas comunidades em igualdade de condições com as demais pessoas”. Segundo Acrísio, é importante garantir a estas pessoas “o pleno acesso aos serviços públicos que garantem direitos essenciais a todos os cidadãos. Caso contrário, estarão sujeitos à violência, invisibilidade, abandono, negligência e segregação dentro de instituições totais de longa permanência”. O manifesto afirma ainda que muitas crianças autistas ou com outras deficiências têm frequentemente a existência negada por suas famílias ou vivem invisibilizadas em abrigos e instituições de longa permanência, popularmente conhecidas como manicômio, hospício ou asilo, comumente lugares de violência e segregação, como atestam dados dados das agências da ONU. Segundo o CENSO SUAS 2016, ainda existem 808 crianças com deficiência vivendo em abrigos exclusivos para crianças com deficiência, com até 87 crianças vivendo no mesmo local. 62% das crianças e adolescentes com deficiência vivendo em abrigos no Brasil estão lá há pelo menos seis anos.