O pré-candidato à Presidência da República em 2018, Ciro Gomes (PDT), é um cavalheiro quando calado. Ao falar, o destempero toma conta da situação. Nesta terça-feira (6), no Aeroporto Internacional Pinto Martins, ao ser abordado por jornalista, chamou mais uma vez os políticos que fazem parte do Congresso de corruptos e ladrões. A artilharia sai fácil sempre, mas só serve para inimigos. Quando a questão é com família ou amigo, a coisa é diferente. Na entrevista que foi publicada ontem no Jornal do Comércio, Ciro ficou irritado quando perguntaram o que ele achava do ex-governador do Ceará, Cid Gomes, seu irmão, ter recebido R$ 20 milhões em propina da JBS, segundo a delação de Wesley Batista. “[Cid] nunca pediu dinheiro à JBS. A nenhum desses vagabundos gângsters que estão aí flanando em Nova Iorque enquanto a República arde na chama da corrupção, que eles são os corruptores-mor”, partiu para o ataque o pedetista. Para Ciro, só existem ladrões dentro do Congresso, e nunca, em hipótese alguma, no período que vai de 2007 a 2014, nos dois governos do irmão no Ceará. Ainda hoje Mais tarde, às 19h, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, Ciro será um dos convidados da II Semana de Políticas Públicas da Universidade Federal do ABC. A palestra do Ferreira Gomes é sobre a atual conjuntura brasileira. Deve defender a mesma tese de sempre: todos são ladrões, menos seus familiares e amigos.