Ciro Gomes e André Figueiredo querem punição exemplar de Tabata Amaral no PDT

Os dois não aceitam ser contrariados na votação da Reforma da Previdência

Ciro Gomes e André Figueiredo

14/07/19 8:53

A Folha de S. Paulo deste domingo (14) traz matéria sobre o fim da lua de mel entre a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) e o candidato derrotado ao Planalto Ciro Gomes (PDT). O FG, que era só elogios à debutante na política, ficou decepcionado com a atitude da parlamentar, que votou a favor da Reforma da Previdência.

“Não acho, francamente, que ela tenha mais lugar para ficar no PDT”, afirmou Ciro na quinta-feira (11). “Não está no partido correto. Ela, pessoalmente, deveria ter a dignidade de sair”, reforçou na sexta-feira (12).

Como ressalta a Folha, o ex-ministro tem dado indicações de que ficou magoado com aquela que um dia abraçou. Para expressar o sofrimento, lança mão da expressão “desgosto de filha”, que tomou emprestada de uma música de Djavan.

Ciro tem vocalizado a defesa de uma punição exemplar aos infiéis. Chega a ponderar que Tabata “tem 25 anos, e ainda é uma idade em que as pessoas podem errar”, mas sustenta que ela “cometeu um erro indesculpável”, que “não pode passar impune”.

Em tempo

Para o presidente do PDT, Carlos Lupi, é preciso evitar qualquer decisão que acabe por “premiar” os infiéis. Pela lei, o mandato do deputado expulso pertence a ele. Se for defenestrado em um dia, no outro já pode se filiar a outra agremiação. Dos 27 deputados da legenda, oito descumpriram a ordem.

Em tempo II

Ainda sobre punição, uma menos drástica é a remoção de postos. Tabata, por exemplo, integra a Comissão de Educação e pode ser retirada da função pelo líder da bancada de seu partido, o deputado federal André Figueiredo (PDT-CE). Ele já disse que vai reavaliar a distribuição de cadeiras nos colegiados, porque seria “uma injustiça” manter colegas que desobedeceram à determinação na votação da Previdência.

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