“Ciro Gomes devia se preocupar com sua saúde mental”, diz prefeito de São Paulo
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“Ciro Gomes devia se preocupar com sua saúde mental”, diz prefeito de São Paulo

João Doria, durante lançamento de programa no Theatro Municipal, em São Paulo / Adriano Vizoni/Folhapress

28/03/2017 8:33

Menos de 24 horas após ter sido criticado durante entrevista de Ciro Gomes na Folha de S. Paulo, o prefeito de São Paulo, João Dória, decidiu soltar o verbo durante evento realizado na capital paulista. "Ciro Gomes devia se preocupar é com o estado dele, primeiro o pessoal, de saúde mental, depois o Ceará, que é o Estado que ele representa", ressaltou. Para Ciro, o "farsante" Doria força uma imagem errada de "antipolítico", já que, ao chefiar a Embratur no governo Sarney, "saiu debaixo de muitas irregularidades no Tribunal de Contas da União e foi violentamente criticado por uma propaganda do turismo brasileiro com bundas de mulher na praia, estimulando claramente o turismo sexual". Em resosta, Doria lembrou um episódio visto como machista da campanha presidencial de Ciro em 2002 –quando Ciro disse que sua então esposa, a atriz Patricia Pillar, tinha um dos papéis mais importantes na disputa: "Dormir comigo". "O ex-governador [do Ceará] não é exatamente a pessoa mais indicada para falar das questões das mulheres, né? Ele tratou a esposa como tratou, não é exatamente uma pessoa que tem perfil e autoridade pra falar sobre isso." "E os temas da Embratur são temas do passado, não houve esse tipo de situação", afirmou na sequência. O prefeito também comentou outra acusação –a de que teria reforçado sua fortuna "com dinheiro público do PSDB de Minas e SP". Ciro não especificou a origem da suposta verba, mas reportagem da Folha de 2015 mostrou que o governo Geraldo Alckmin (PSDB-SP) pagou R$ 1,5 milhão ao então pré-candidato a prefeito, por anúncios veiculados em sete revistas da Doria Editora, entre elas a "Caviar Lifestyle". Doria negou que sua fortuna tenha sido construída com ajuda do partido. "Se tivesse tido algum problema, não seria depois de nove meses de intensa campanha que isso teria surgido. Então não procede." E emendou: "Lamento também que o ex-ministro Ciro Gomes, com seu habitual destempero e seu tradicional desequilíbrio, queira fazer colocações desse tipo".  

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