É difícil acreditar numa briga para valer dos irmãos Ciro e Cid Gomes, chefes da oligarquia Ferreira Gomes no Ceará. Mas, essas eleições ao Governo do Ceará provocaram, de verdade, um racha entre os FG. Ciro só tem ao seu lado Lúcio e Lia Gomes. Cid e o prefeito de Sobral, Ivo Gomes, não o seguiram em sua decisão de lançar e apoiar à candidatura de Roberto Cláudio a governador. Preferiam à reeleição da governadora Izolda Cela. Como não emplacaram Izolda, tanto Cid quanto Ivo ficaram neutros.

Ciro tem dito a aliados fiéis, como o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que a situação eleitoral de Roberto Cláudio só não é melhor porque Cid tem articulado adesões à campanha de Elmano Freitas e aderiu, junto com Ivo, à candidatura de Camilo senador.

Sempre ofensivo em suas declarações, Ciro já revelou ter sido apunhalado pelas costas e não vim ao Ceará para não instigar sua mágoa com os traiçoeiros. Esse recado não é apenas para Izolda e Camilo. É principalmente para Cid Gomes. Ciro não para de repetir que tudo que Cid conquistou na política foi graças a ele. E nunca o poderia ter traído. Deveria estar no palanque de Roberto Cláudio. Cid reage com uma brincadeira de sua infância: nem escuto, a zoada da mutuca.