Temeroso de que a delação de Adail Carneiro seja assinada, o senador Cid Gomes (PDT) começou a blindar seu grupo político desse escândalo. Ontem (19), ele reuniu virtualmente cinco deputados federais e 23 estaduais. Alegou que no impeachment da presidente Dilma Rousseff o ex-deputado prometeu votar contra e votou a favor. “Não é aliado, é aliado do poder”, disse o FG, defendendo que Adail não é confiável.
O senador só se esqueceu de dizer ao prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que assinou milhões em contratos com empresas de Adail Carneiro, em oito anos de mandato.
Cid pediu para os deputados aliados não se intimidarem com a prisão de Adail — o problema é que ele desceu para a penitenciária e ameaça contar tudo que sabe.
Em tempo
O esforço do senador foi inútil. Não conseguiu conter nervosismo. Pós-encontro, as conversas traduziram o sentimento de todos que prestigiaram a reunião virtual: os FGs estão com medo.
Em tempo II
Antes, para levantar a moral da reunião, Cid disse que pesquisas trarão Sarto bem na frente.