Cid Gomes na mira da CPMI que investiga pagamento de propina da JBS a políticos

Ex-governador do Ceará,  Cid Gomes

Ex-governador do Ceará, Cid Gomes

16/09/2017 12:06

O ex-governador do Ceará, Cid Gomes (PDT), será convoca para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o pagamento de propina pela JBS a políticos em diferentes estados. Em troca, a empresa dos irmãos Joesley e Wesley recebiam vantagens. Por aqui, Cid é acusado de receber R$ 20 milhões, apenas em 2014. Wesley Batista revelou que o irmão do presidenciável Ciro Gomes recebeu R$ 4,5 milhões, em 2010, e R$ 20 milhões, em 2014. “Vieram com uma proposta direta. Falou: olha, nós precisamos daquela contribuição de R$ 20 milhões. Aqui o negócio é assim: você paga os R$ 20 milhões, e nós lhe pagamos, o Estado (Ceará) lhe paga os R$ 110 milhões que você tem de crédito. Se você não paga, o Estado não libera. Se você paga os 20 milhões para a campanha, o Estado libera. Simples como isso”, disse o empresário em sua delação na Lava Jato. Perguntado por um investigador se isso era propina, mesmo sendo pago via doação oficial, Wesley não titubeou: “Era uma propina, era uma propina”. Entenda Em troca de dinheiro de impostos cobrados indevidamente e retidos nos cofres públicos, delatores da JBS e da Odebrecht afirmam que pagaram propina e fizeram doações legais a candidatos, em anos de eleições. Levantamento do O Globo mostra que ao menos R$ 198,65 milhões foram pagos para liberar R$ 3,177 bilhões em tributos retidos. Em delações da JBS, foram relatados casos semelhantes ao do Ceará em Minas Gerais. Nas da Odebrecht, o esquema foi constatado no Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Tudo isso na esfera estadual. Mas também foi averiguado irregularidades no âmbito federal, na unidade da Receita em São Paulo.
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