Chefes de facção impõem uma trégua na onda de assassinatos em Caucaia
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Chefes de facção impõem uma trégua na onda de assassinatos em Caucaia

Ordem partiu de criminosos presos e há uma semana a matança parou na cidade

08/08/2019 9:31

Depois de amargar uma brutal sequência de assassinatos nos últimos seis meses, com mais de uma centena de pessoas mortas, a cidade de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), passa por uma trégua na violência. Uma ordem que partiu da cúpula de uma facção criminosa fez suspender  a matança naquele Município nos últimos dias. Há uma semana, Caucaia não registra homicídios.

A ordem de parar os crimes teria saído de dentro de uma unidade prisional do Complexo Penal de Itaitinga, porém, com o aval de chefes do Comando Vermelho (CV) recolhidos em um presídio federal de segurança máxima em outro estado, para onde teriam sido transferidas as lideranças da facção.  Com a orientação da “sintonia fina” da organização criminosa, a rotina de execuções sumárias foi quebrada há exatos sete dias.

O último crime de morte registrado em Caucaia aconteceu no dia 1º de agosto, quando Gabriel do Nascimento Lopes, 25 anos, foi assassinado, a tiros, no bairro Novo Pabussu.  Depois disso, os criminosos ligados à facção suspenderam a guerra com os oponentes da GDE (Guardiões do Estado) nos bairros  onde a disputa de território vinha sendo travada na bala.

A ordem de “suspender o fogo” atinge os bairros onde a matança vinha desafiando as autoridades da Segurança Pública e deixando os moradores rendidos ao terror. São as comunidades do Itambé Um e Dois, Conjunto Nova Metrópole, bairros Padre Júlio Maria,Mestre Antônio, Conjunto Metropolitano (Picuí), Parque Potira, Parque Soledade, São Miguel, Cigana, conjuntos Araturi e Arianópolis e o Distrito de Jurema, entre outros.

A sequência de mortes violentas no Município obrigou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) a determinar à Delegacia Geral da Polícia Civil a instalação de um Núcleo de Homicídios na Delegacia Metropolitana de Caucaia (DMC), com o objetivo de esclarecer as execuções sumárias  e achados de cadáveres que vinham ocorrendo diariamente. Isso levou à prisão de vários matadores das facções em choque, GDE e CV. Dezenas de armas também foram apreendidas pela própria Polícia Civil e pelas equipes ostensivas e de Inteligência do 12º Batalhão da Polícia Militar (12º BPM).

Mortos

Mesmo assim, não foi o suficiente para conter a ira dos criminosos, que continuaram a matança com mortes precedidas de raptos, seqüestros e sessões de torturas. Nos bairros Itambé Um e Dois, onde a disputa por território é mais acirrada, os assassinatos de jovens vinham ocorrendo quase que diariamente.

Um levantamento realizado a partir dos registros de Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs),  em Caucaia, revelou que, entre janeiro até julho, foram mortos nos dois bairros as seguintes pessoas: Carlos de Sousa Lima Rodrigues, 15 anos; Jéfferson Oliveira dos Santos, 15; Ana Cláudia Gomes do Nascimento, 20; José Rodrigues Deodoro, 67; José Gabriel da Silva Santos, 16; Alexandro Sousa de Araújo, 14; Laime Rodrigues da Silva, 17; Rodrigo de Araújo dos Santos, 18; Daniel Silva de Sousa, 18; Lucas Azevedo Rocha, 21; Antônio Tomaz da Silva, 69; Francisco Douglas Oliveira Costa, 17; Adriano de Souza Rocha, 19; e Antônio G.

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