O cearense Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira foi escolhido nesta quarta-feira (31) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ser o novo comandante do Exército no lugar do general Edson Leal Pujol. O militar nasceu em Iguatu, no interior do Ceará, e entrou para o exército em 1974, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP). Em 1977, ele ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras.

Paulo Sérgio estava atuando como chefe do Departamento-Geral de Pessoal do Exército e era o quarto na lista de oficiais com mais experiência do Exército. O general comandou ações de combate à Covid-19 na Força. O cearense é considerado autoridade máxima da saúde no Exército.

A escolha por Paulo Sérgio para o cargo surpreendeu. Recentemente, ele chegou a ser criticado pelo presidente Jair Bolsonaro por uma entrevista onde defendeu o distanciamento social como uma das medidas de enfrentamento ao coronavírus adotadas pelo Exército, que são contrárias ao pensamento do Governo Federal. Porém, uma fonte revelou ao site O Antagonista, que o oficial foi eleito pela liderança que exerce junto aos comandados. "É um cara querido dentro do Exército. Apesar de ter criticado o presidente, simbolicamente seria importante para Braga Netto ter um cara ‘independente’ neste primeiro momento com o intuito de conter qualquer sentimento intervencionista", disse.

Marinha e Aeronáutica

Além do cearense, Bolsonaro escolheu também o almirante, Almir Garnier Santos, para comandar a Marinha, e o brigadeiro, Carlos de Almeida Baptista Júnior, será o novo chefe da Aeronáutica.