O Ceará registrou um aumento de 21,1% nos casos de violência contra mulheres em 2024. Os dados constam no boletim Elas Vivem: um caminho de luta, divulgado nesta quinta-feira (13). O número de feminicídios também subiu no Estado, passando de 42 para 45.

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A maioria das vítimas tinha entre 18 e 39 anos, e a maior parte dos crimes foi cometida por parceiros ou ex-parceiros, que responderam por 56 dos casos registrados. O relatório também aponta um caso de transfeminicídio no Estado.

Cenário nacional

O levantamento abrange nove estados – Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo – e identificou 4.181 mulheres vítimas de violência, um aumento de 12,4% em relação a 2023. Entre os registros, 531 foram classificados como feminicídio, indicando que uma mulher foi morta a cada 17 horas em razão do gênero.

A violência de gênero foi cometida majoritariamente por pessoas próximas às vítimas, representando 75,3% dos casos. Quando considerados apenas parceiros e ex-parceiros, o percentual é de 70%.

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Os estados com os maiores números de feminicídios foram São Paulo (144), Pernambuco (69) e Maranhão (54). O Amazonas, que passou a integrar o monitoramento este ano, registrou 33 feminicídios e um número expressivo de casos de violência, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Desafios

A coordenadora do estudo, Edna Jatobá, destacou que, apesar dos avanços com políticas públicas como a Lei Maria da Penha e a criação de Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), os mecanismos de proteção ainda enfrentam dificuldades. "A violência contra mulheres e o feminicídio continuam sendo uma realidade alarmante em nosso país", afirmou.

Confira o relatório completo: