Casa de show ligada ao CV é interditada e administrador é preso em operação do MPCE - Cn7 - Sem medo da notícia

Casa de show ligada ao CV é interditada e administrador é preso em operação do MPCE

Estabelecimento funcionaria como local para fortalecimento dos interesses do CV

(Foto: divulgação/MPCE)

06/02/2025 12:26

O Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (06), a Operação "Fim de Festa". A ação, que contou com o apoio do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil (DTO/PCCE) e da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (COINT/SAP) e do Serviço de Inteligência da Polícia Militar do Ceará, além da cooperação de unidade da 3ª Companhia do 6º Batalhão Policial Militar (3ª CIA/6º BPM), resultou na interdição de uma casa de shows localizada no bairro da Serrinha, em Fortaleza, e vinculada a facção criminosa Comando Vermelho (CV). Durante a ação, o sócio-administrador do estabelecimento foi preso e foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão contra outros investigados. As medidas foram autorizadas pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Estado do Ceará.

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Segundo o MP, o estabelecimento alvo da operação, é responsável pela promoção de eventos festivos com apologia ao crime organizado e funcionaria como reduto destinado ao fortalecimento dos interesses da facção criminosa, principalmente do núcleo subordinado a uma das principais lideranças do Comando Vermelho, preso preventivamente em 2023. De acordo com a apuração, a casa estava sob gestão de familiares e pessoas ligadas ao detento e serviria tanto para reuniões de faccionados e/ou cooptação de novos membros, quanto para encobrir o cometimento de outras infrações penais, como tráfico de drogas, corrupção de menores (adolescentes) e porte de armas de fogo. Há registros, inclusive, de brigas generalizadas, com pessoas gravemente feridas, ocorridas em algumas das festas realizadas no local.

Conforme a investigação, a facção criminosa também se utilizaria da pessoa jurídica como mecanismo para "lavagem" do dinheiro obtido em atividades ilícitas, havendo sinalização de que, a partir de contas bancárias de pessoas interpostas e/ou empresas de fachada, alguns dos investigados teriam movimentado, em poucos meses e sem justificativa aparente, valores acima de R$ 1 milhão, de modo incompatível com a renda e/ou patrimônio por eles declarados.

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Na operação, em decorrência das diligências junto a imóveis localizados na Serrinha, Parque Dois Irmãos e Mondubim, foram apreendidos celulares, maquinetas de cartão de crédito, notebooks e documentos, que serão analisados pelos órgãos especializados. Houve, ainda, o cumprimento de buscas junto às celas de investigados que já se encontravam presos, mas nada de relevante foi encontrado.

Confira foto:

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