Hidrogenio verde e o combustivel do futuro

Cariri precisa olhar para o futuro da democracia avaliando eleições pelo mundo

Coluna Rebate

04/07/2024 9:33

As urnas na França fecharam no domingo, e mostraram que a extrema direita deve nomear o primeiro ministro numa guinada política, 79 anos após o fim da 2ª guerra mundial. Lá, o que vai imperar é a expulsão de imigrantes, a valorização da raça branca e a volta do nazismo como caminho para a humanidade. É triste, mas iremos assistir a um pesadelo no mundo. Já na semana passada, o mundo presenciou a decadência de uma potência. Diferente de outros impérios, como romano, bizantino, otomano e tantos outros que duraram séculos, o americano anuncia o seu fim, bem cedo. Segundo o mais influente jornal dos Estados Unidos, New York Times, “seja qual for o seu efeito final na campanha, o primeiro debate presidencial de 2024, certamente, não lançou os Estados Unidos em uma luz favorável. Apresentava dois homens idosos – um 81 e outro 78 – que se insultaram e que a maioria dos americanos desejava que não fossem os dois principais candidatos do partido à presidência. Um candidato disse mentiras frequentes e retratou o país em termos apocalípticos. O outro lutou, às vezes, para descrever suas próprias políticas ou completar suas frases. A imagem da nação como uma combinação de desequilibrada e vacilante foi especialmente impressionante em um momento em que os EUA deveriam estar liderando a luta contra uma crescente aliança de autocracias, que inclui China, Rússia e Irã. Estou preocupado com a imagem projetada para o mundo exterior, escreveu Sergey Radchenko, historiador da Escola Johns Hopkins de Estudos Internacionais Avançados, nas mídias sociais. E o historiador cravou sofre o destino americano: “Não é uma imagem de liderança. É uma imagem de declínio terminal”. É nesse cenário de decadência, que o Cariri e o Brasil vão às urnas em outubro. Um quadro muito preocupante.

Reunião em Brasília fechou união em Juazeiro

O encontro em Brasília, no dia 27, definiu a aliança entre o candidato do PT, Fernando Santana e o candidato do MDB, Davi Macedo. Num vídeo divulgado no dia seguinte, Davi declarou apoio incondicional à candidatura de Fernando Santana, após os termos do acordo ter sido definidos por seu pai, o ex-prefeito Raimundão. A reunião que sacramentou o apoio da família Macedo a Fernando Santana teve as presenças do ministro da Educação, Camilo Santana, do deputado federal Eunício Oliveira, do próprio candidato Fernando Santana e de Raimundão. A conversa começou num ambiente de tensão. Entretanto, o papel desempenhado por Camilo e Eunício Oliveira ajudou a selar a aliança eleitoral. Logo no início das discussões, Camilo deixou claro o valor do apoio de Raimundão e Davi Macedo para o sucesso da vitória de Fernando Santana. Eunício soube se posicionar para demonstrar que defendia as posições de seu partido em Juazeiro do Norte, valorizando a postulação de Davi Macedo. E Fernando Santana apresentou-se como um hábil negociador. O encanto resolveu: Raimundão fechou a unidade para formação de uma chapa com Fernando na cabeça e a vice, podendo ser indicada por ele. O nome só será anunciado mais adiante, porém, é grande a chance da escolhida ser Maricele Macedo, esposa de Raimundão e mãe de Davi Macedo.

Fernando Santana sabe que precisa juntar apoios

O palanque de Fernando Santana é o mais amplo de um candidato a prefeito, na história recente de Juazeiro do Norte. Fernando Santana uniu a todas as principais lideranças do Município: Raimundão, Manoel Santana, Arnon Bezerra, Manoel Salviano, Ana Paula Cruz, Yury do Paredão, Gilmar Bender, Giovanni Sampaio, a maioria esmagadora dos vereadores e candidatos à Câmara juazeirense. Só sobrou para Glêdson Bezerra o apoio dos partidos de oposição ao Abolição no Ceará: União Brasil, PDT, PSDB, Cidadania, Novo, PL e ainda há uma disputa sobre com quem ficará o PP. O presidente estadual, Deputado AJ Albuquerque declarou que tem palavra e Tarso Magno pode ser o vice de Glêdson. Contudo, há uma pressão enorme para o secretário Zezinho Albuquerque tirar o PP do palanque de Glêdson. Fora essa briga, Glêdson está ciente que não tem respaldo dos líderes políticos juazeirenses, apostando numa aliança diretamente com o povo. Um quadro bem diferente da candidatura de Fernando Santana, que tem muitos apoios e sua maior dificuldade é evitar atritos entre os – hoje – aliados, que em passado recente foram adversários nas eleições de Juazeiro do Norte. Para costurar toda essa ampla base eleitoral, Fernando Santana confia na sua habilidade para conversar, ouvir muito e estabelecer metas claras, onde todos serão ouvidos e prestigiados, tanto na campanha que se avizinha quanto na futura administração.

Oposição sem sucesso tentou se unir no Crato

O ex-governador Tasso Jereissati, o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, e o deputado Aloísio Brasil se reuniram na semana passada, em Fortaleza. Na pauta, um acordo entre Aloísio Brasil e Lucas Brasil. Houve uma tentativa de unificar as duas candidaturas, mas apesar do esforço de Tasso e Roberto Pessoa, não foi possível. A oposição no Crato deve marchar mesmo rompida para enfrentar à candidatura de André Barreto. Aloísio Brasil não admitiu conversar abertamente, onde quem estivesse melhor fosse o nome lançado pelas oposições. Discordou, alegou haver resistências e ser impossível uma unidade em torno de Lucas Brasil. Aceitava ser apoiado. Mas, nem a vaga de vice estaria mais disponível, pois o lugar foi acertado com o ex-prefeito Zé Adega. Sem acordos com Lucas Brasil, Aloísio Brasil lançou sua candidatura a prefeito neste domingo (30), contando com a presença do presidente estadual do seu partido, União Brasil, Capitão Wagner, de deputados federais e estaduais, tais como Fernanda Pessoa, Felipe Mota e Sargento Reginauro, além do prefeito Roberto Pessoa. Aloísio Brasil e Zé Adega estão confiantes que são a verdadeira oposição e vão polarizar com a chapa liderada por André Barreto. Lucas Brasil também é candidato. Ou a prefeito, ou a vice na chapa de Márcio Bilhar.

Rafael Branco e Dr. Dudé reafirmam veto a chapa pura

A base governista do Crato, liderada pelo prefeito Zé Ailton Brasil, continua irredutível no veto à chapa pura anunciada pelo PT. Depois de uma reunião com 10, dos 14 partidos da base, onde ficou definida a posição, as lideranças das legendas passaram a se revezar na imprensa reafirmando não aceitar a decisão petista. A crítica mais contundente tem sido feita pelo suplente de federal, Rafael Branco, que acusa o vereador Pedro Lobo de colocar questões pessoais à frente da coletividade e da manutenção da aliança no Crato. Rafael disse ter conversado com o prefeito Zé Ailton Brasil, onde pediu respeito à base, mas afirmou acreditar que o deputado José Guimarães vá resolver a situação. Outro que tem manifestado o veto é o vereador Dr. Dudé, pré-candidato a vice-prefeito pelo PDT. No mesmo caminho, Dudé tem dito que a situação será resolvida pela direção estadual do PT, mas observa a necessidade de uma maior interferência do prefeito Zé Ailton.

Oposição de Barbalha faz escolha pela tradição

O nome da oposição barbalhense, mantido em sigilo até o último domingo (30), reflete uma máxima da política local, a prioridade a famílias tradicionais. Antônio Neto é sobrinho de Fabriano Livônio Sampaio e neto de Antônio Costa, ambos ex-prefeitos de Barbalha. Claro, tudo pensado a partir de pesquisas eleitorais qualitativas. A demora no anúncio foi nada menos que uma estratégia para proteger o nome de Antônio Neto das críticas e dos prováveis ataques. Momentos antes do anúncio, foi gerado, inclusive, uma expectativa pelo nome do ex-prefeito Rommel Feijó. Rommel, aliás, que deve indicar a filha para compor a chapa como vice. Estratégia bem feita, mas, agora, Argemiro e Rommel terão que convencer a população da viabilidade da mudança, diante do bom mandato que o prefeito Guilherme Saraiva, também de família tradicional, faz no município.

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