Não era o desejo de Camilo Santana decretar o fim da oligarquia Ferreira Gomes no Ceará. Ao conversar com Ciro e Cid Gomes, antes da campanha eleitoral começar, Camilo disse estar disposto a entregar de volta o controle do Estado. Era grato, e faria o que Ciro e Cid quisessem. Na reunião, Ciro pediu a opinião de Camilo sobre quem deveria ser o candidato. Ele defendeu à reeleição da governadora Izolda Cela. Ciro e Cid concordaram. Depois, Ciro mudou de idéia. E a história agora é outra. E todos conhecem.

Ciro obteve 6,80% dos votos do Ceará, e seu candidato Roberto Cláudio teve menos de 15% dos votos no Estado. Para completar o cenário de desastres, Leônidas Cristino não se reelegeu. E sua irmã, Lia escapou na contagem final dos votos. Estava fora até 98% da apuração. Cid contabiliza, ainda, a derrota do sogro, Leitão Moura.

Ciro concedeu uma entrevista coletiva, neste domingo (02), quando anunciou a sua aposentadoria da política. Dias antes, quem anunciou sua decisão de não mais participar de eleições, foi o prefeito de Sobral, Ivo Gomes. Cid Gomes mantém a amizade e Camilo, o respeito a Cid. Porém, seu prazo de validade tem data para acabar: 31/12/2026, quando se encerra seu mandato de senador. Começa, agora, em 1º de Janeiro de 2023, um novo ciclo político no Ceará. Com uma cara nova, e filho do Cariri, é o tempo do novo líder do Ceará, Camilo Santana.