Cabo da PM que fez críticas ao governo tem prisão preventiva decretada
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Cabo da PM que fez críticas ao governo tem prisão preventiva decretada

Cabo Monteiro teve a prisão domiciliar convertida em preventiva e já está no presídio

O militar foi recolhido ao presídio na última sexta-feira

10/08/2020 11:36

Já está recolhido em uma das celas do Presídio Militar, no Quartel do 5º BPM (Centro), o cabo da PM Paulo José Monteiro da Cunha, que teve prisão preventiva decretada pela Justiça na última sexta-feira (7).  Ele está sendo processado na Justiça Militar e na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário.

Monteiro cumpria prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica como medidas cautelares impostas para Justiça após sua detenção disciplinar. Ele é acusado de crime militar ao usar as redes sociais para fazer críticas ao  governo e à própria corporação.  De acordo com o Comando-Geral da PM, o militar teria praticado “crime de publicação ou crítica indevida e desrespeito a superior”.

O cabo Monteiro foi um dos líderes da paralisação da categoria em fevereiro deste ano, quando a tropa decidiu cruzar os braços para reivindicar melhoria salarial e outros benefícios para a classe.  Naquele mesmo período de paralisação da Corporação,  a Capital cearense e sua região metropolitana registram uma “explosão” nos índices da criminalidade, especialmente, nos casos de homicídios e latrocínios.

Superfaturamento

Em redes sociais, o cabo Monteiro denunciou o que chamou de “falta de transparência” do governo no uso de verbas públicas para a compra, supostamente, superfaturada, de equipamentos e insumos para o combate à pandemia do novo Covid-19. As críticas irritaram o Comando-Geral da PM e o próprio governo, que determinou severa punição para o PM.

Em nota, o Comando da corporação informou que, após o recolhimento em prisão domiciliar, o cabo teria descumprido um “acordo” que teria assumido com as autoridades e, por isso, teve prisão preventiva decretada.

A PM informou, ainda, que “foram devidamente assegurados todos os direitos e garantias constitucionais” ao militar.

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