Bienal Internacional de Teatro do Ceará tem a primeira edição dedicada às mulheres

07/11/17 14:05

“Teatro, Mito e Feminino: Conexões” é o tema da I Bienal Internacional de Teatro do Ceará – BITCE que apresentará ao público as personagens da dramaturgia universal e brasileiras, dos mitos e da história. Dedicada às mulheres do mundo em cena, a BITCE abrange nesta edição quatro cidades e ocorrerá em duas partes, uma agora em novembro e a outra em março de 2018.

A Bienal na primeira fase contemplará a Espanha e o Brasil (Amazônia, Bahia, Ceará e Pernambuco) e terá como palco as cidades de Fortaleza (14 a 20/11), Juazeiro do Norte (17 e 18/11), e Crato (19 e 20/11). A segunda parte do evento vem com a Itália, França, Portugal e Brasil, incluindo além dos três municípios a cidade de Sobral (8 a 20/03 de 2018). Em novembro serão 57 apresentações com a participação de 44 grupos/artistas entre pesquisadores/criadores, solistas, técnicos, assistentes, produtores e equipes do projeto. Toda a programação é gratuita e classificação etária 18 anos.

Na Capital cearense, a solenidade de abertura terá a participação especial de Um canto à vida, com as Mulheres Vitoriosas do Projeto Amazonas/Projeto Iracema GEEON-UFC, na terça-feira (14/11), às 9 horas, no Centro Cultural BNB (CCBNB) Fortaleza.

Da programação

Em Fortaleza a Bienal passará por três equipamentos culturais. Primeiro no Centro Cultural BNB (CCBNB) onde ocorrerá a abertura oficial, no próximo dia 14, às 9 horas. Após a solenidade começa o seminário que leva o título do evento tendo como moderadora Camila Silveira da Coordenadoria de Mulheres do estado do Ceará. Participam Adelice Souza (Universidade Federal da Bahia); Cecilia Raiffer (Universidade Regional do Cariri); Daciane Barreto (Coordenadoria de Mulheres do estado do Ceará); Hebe Alves (Universidade Federal da Bahia); Luciana Dantas (BR/CE); Nilze Costa e Silva (BR/CE); Rejane Reinaldo (BR/CE) e Teresa Esmeraldo (Universidade Estadual do Ceara – UECE) que chegam com temas instigantes para debater histórias e mitos que passam por Barbara de Alencar, Beata Maria de Araújo, personagens femininas do dramaturgo Nelson Rodrigues, mulheres guerreira amazonas e gênero como performance.

Além do seminário acontecem quatro apresentações no CCBNB. Por volta das 13 horas, começa o Experimento Cênico: Cassandra – Lua Ramos (BR-CE). E sem perder o ritmo, às 17 horas, é a vez do Experimento Cênico As troianas – Francinice Campos (BR-CE) – Cia Palmas. A programação segue com a Aula-Espetáculo: kali, um drama-oração de Adelice Souza (BR-BA).

A Bienal continua e se instala no Centro Cultural Belchior na quarta-feira (15/11) das 9h às 12 e 14h às 17h – com atividades de Multiresidências/ Intercâmbios entre Criadores/ Vivências estéticas poéticas éticas técnicas por Cecilia Raiffer da Universidade Regional do Cariri (URCA) que vai abordar o tema: A imagem propulsora na criação da cena teatral. Terminando aqui, o espaço do evento passa a ser no Teatro da Boca Rica, às 19 horas, com o Espetáculo Amazônicas, poéticas do mundo (Mitologia Indígena Desana Kehiripõrã)- Acácia Mié Pantoja da Gama (BR/ AM). E na quinta-feira (16/11), no mesmo local, às 21 horas, ETNOCENA – EXPERIMENTOS CÊNICOS – Ritual de encerramento. Na programação Kombi do Bem apresenta: Ouri com Raquel Diógenes (BR/CE) e Carlos Hardir (BR/CE) – Etnocena; Gabriela Savir (BR/CE) e Carolina Rebouças (BR/CE) – Ghetto Roots: um canto poético a Dandara, a guerreira dos Palmares; e Djuena Tikuna (BR/AM) – artista indígena, cantora e atriz da tribo Tikuna da Amazônia

No interior

Depois a BITCE abre sua programação no auditório Memorial Padre Cicero e no Centro Cultural BNB, na sexta-feira (17/11) e sábado (18/11) em Juazeiro do Norte. Depois segue para a cidade de Crato no domingo (19/11) e segunda-feira (20/11) fechando a primeira etapa do projeto.

Cultura em números

Em novembro o evento acontecerá em três cidades, totalizando 57 apresentações, com acesso gratuito. Durante dez dias, participarão 44 grupos/artistas entre pesquisadores/criadores, solistas, técnicos, assistentes, produtores e equipes. Envolvendo diretamente 200 trabalhadores da cultura e mais 500 beneficiados, indiretamente, nas etapas de novembro de 2017 e março de 2018.

Sobre a Bienal

O projeto nasceu das inquietações da pesquisadora e feminista Maria Rejane Reinaldo, diretora da Escola Livre da Boca Rica. Em seu trabalho acadêmico, pesquisou, desenvolveu e defendeu a tese Pentesileia, a rainha das Amazonas – travessias de uma Personagem, aprovada no Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia, em 2015, com apresentação pública no Teatro Martin Gonçalves da Escola de Teatro da UFBA, em Salvador.

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