Um bebê morreu na última quarta-feira (22), ainda na barriga da mãe, em Juazeiro do Norte. De acordo com o relato de familiares, Carla Jennifer, de 21 anos, estava no Hospital e Maternidade São Lucas da prefeitura de Juazeiro às 02h07min e realizou checagem dos batimentos fetais que se mostraram normais.

A mãe de Jennifer, Antônia, relata que a filha sentiu intensas dores de dente e foi medicada no local com dipirona. Às 03h a equipe do hospital não conseguiu auscultar os batimentos do feto e alegou que uma ultrassonografia só poderia ser realizada na manhã seguinte.

Ainda segundo a mãe de Jennifer, na manhã seguinte a filha compareceu à unidade hospitalar e não conseguiu realizar o exame, que segundo a unidade, só poderia ser feito a tarde. Foi quando Carla procurou uma clínica particular e constatou o óbito do filho.

Procurado pela imprensa o Instituto Diva Alves do Brasil, Idab, responsável pela administração do hospital, alegou por meio de nota que “todos os procedimentos médicos foram feitos conforme conduta médica adequada e todo o suporte necessário foi dado tanto a paciente quanto à sua família durante todo o atendimento registrado no Hospital Maternidade São Lucas”.

Ainda por meio da nota a administração do local informou que a paciente deu entrada na unidade relatando "ausência de movimentos fetais e perda de tampão musuco" e que foi identificada alta da pressão arterial que justificou a internação para realização de rotina de pré-eclâmpsia".

Sobre a realização do exame de ultrassonografia, o Idab afirmou que a paciente "decidiu por não aguardar a realização da ultrassonografia no hospital e optou por fazer o exame em outra unidade de saúde em seu veículo próprio, retornando ao hospital posteriormente com o resultado do exame evidenciando óbito fetal".

A família da jovem alega que houve negligência por parte do hospital em não realizar o exame no momento correto.