Após denúncias de torturas a presos, agentes vão usar câmeras de lapela nos presídios

O Ceará e mais quatro estados receberão a experiência determinada pelo Depen

Os agentes terão câmera acoplada na roupa para filmar suas ações nos presídios

Os agentes terão câmera acoplada na roupa para filmar suas ações nos presídios

09/10/2019 9:18

O Ceará deverá ser um dos cinco estados brasileiros onde o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) deve iniciar uma experiência com a utilização de câmeras de lapela pelos agentes das forças de intervenção nos presídios. O objetivo é evitar casos de torturas ou denúncias infundadas de maus-tratos aos presos pelos agentes. A informação sobre a utilização dos novos equipamentos foi revelada nesta terça-feira pelo diretor do Depen, Fabiano Bordignon.

O Ceará é um dos cinco estados brasileiros que, atualmente, conta com a presença de homens da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), um grupo de elite de agentes penitenciários que reforça a segurança na parte interna das cadeias, presídios e penitenciárias. A FTIP chegou ao Ceará ainda em janeiro, quando o novo secretário da Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque, assumiu o cargo e enfrentou sérias dificuldades para retomar a disciplina nos presídios. Facções criminosas realizaram ataques criminosos durante um mês inteiro nas ruas, queimando veículos e atacando prédios públicos e privados.

Ainda em janeiro, mulheres de detentos procuraram a Imprensa, a Ordem dos Advogados do Brasil  (OAB-Ceará) e o Conselho Penitenciário  Estadual (Copen) para denunciar a prática de torturas nos presídios e casas de privação provisória da liberdade (CPPLs). Agentes estariam espancando e torturando detentos nas diversas unidades penais superlotadas. Até agora, nenhuma providência efetiva foi tomada para a apuração das denúncias.

Câmeras

A denúncia de que presos recolhidos em 13 unidades prisionais do estado do Pará estariam sendo torturados pelos agentes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) levou o Depen a acelerar o processo de aquisição e implantação das câmeras de lapela a serem usadas pelos servidores. Além do Ceará, hoje contam com a presença doa Força de Intervenção mais quatro estados brasileiros. São eles: Pará, Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte.

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