Após 13 horas de julgamento, procurador é condenado por assassinar delegado
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Após 13 horas de julgamento, procurador é condenado por assassinar delegado

Ernandes Lopes alegou que o tiro foi acidental. Foi condenado, mas permanecerá solto

27/10/2017 6:44

Após 13 horas de sessão, o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca do Eusébio (Região Metropolitana de Fortaleza), condenou a 16 anos de prisão o procurador de Justiça aposentado, Ernandes Lopes Pereira. Ele é acusado de ter assassinado um delegado da Polícia Civil do Ceará. O crime ocorreu há nove anos. A defesa do réu recorreu contra a sentença e ele permanecerá em liberdade até o julgamento do recurso pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). O crime ocorreu na noite de 13 de  agosto de 2008 na residência da mãe do delegado, no bairro Precabura, no Eusébio. O procurador foi preso em flagrante logo após disparar um tiro de pistola na cabeça do delegado Cid Júnior Peixoto do Amaral, que, na época, era o titular do 19º DP (Conjunto Esperança). Desde então, Ernandes alega que o crime não foi intencional, que sua pistola disparou acidentalmente e atingiu o amigo. O inquérito policial chegou à Justiça 10 dias após o assassinato do delegado e se transformou em um processo que tramitou com um vai-e-vem de recursos judiciais da defesa e da acusação. Somente nove anos depois, o procurador sentou no banco dos réus e seus advogados continuaram sustentando a tese de um disparo acidental. Desembargador Várias testemunhas e informantes foram ouvidos ontem durante a sessão de julgamento. Uma perita da Pefoce prestou esclarecimentos, assim como um ex-motorista do acusado do crime.  No total, seis testemunhas foram ouvidas em plenário pelo presidente da sessão, juiz de Direito Henrique Botelho Romcy.  Entre eles, o irmão do delegado assassinado, o desembargador Jucid Peixoto do Amaral. Logo após ser anunciado o veredito, o advogado de defesa do procurador, Maurício Pereira, anunciou que iria recorrer contra a decisão do Júri. Por conta disso, o réu deve permanecer em liberdade até o julgamento do recurso.

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