Advogada cearense é convocada para depor sobre rombo de R$ 432 milhões desviados do INSS - CN7

Advogada cearense é convocada para depor sobre rombo de R$ 432 milhões desviados do INSS

Os trabalhos da CPMI iniciam nesta terça-feira (26)

Advogada cearense é convocada para depor sobre rombo de R$ 432 milhões desviados do INSS

(Foto: reprodução/redes sociais)

25/08/2025 11:27

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve convocar ainda nesta semana a advogada cearense Cecília Rodrigues Mota para depor sobre o desvio de R$ 432 milhões de aposentados e pensionistas. Os trabalhos da comissão terão início na terça-feira (26), com a votação dos primeiros requerimentos.

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Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), Cecília presidiu simultaneamente a Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (AAPEN) e a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB) entre 2017 e 2020, movimentando juntas mais de R$ 432 milhões. O relatório aponta para o que classificou como "confusão empresarial" e uso de dirigentes de fachada.

A Polícia Federal, por meio da Operação Sem Desconto, já havia cumprido mandados de busca e apreensão contra a advogada. A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu na Justiça Federal o bloqueio de R$ 281 milhões no Ceará, envolvendo as duas entidades e pessoas ligadas a elas.

As investigações identificaram que o esquema maior teria desviado R$ 6,3 bilhões em todo o país, por meio de descontos ilegais em aposentadorias e pensões. No caso da AAPEN, a sede em Fortaleza está fechada desde abril, dias após a operação policial, e ex-funcionários foram dispensados. A atual presidente da associação, Francisca da Silva de Souza, de 72 anos, afirma ter sido usada como "laranja" e responde a centenas de processos.

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Na quinta-feira (28), a CPMI deve votar o plano de trabalho e dar andamento às convocações e convites de depoentes. Servidores da CGU, da Polícia Federal e do INSS atuarão em apoio técnico, acompanhando diligências, quebras de sigilo e análise de dados para aprofundar as investigações.

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