Justiça pede prisão de Fagundes Maia e Maria de Fátima Maia, donos da rede SuperMaia
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Justiça pede prisão de Fagundes Maia e Maria de Fátima Maia, donos da rede SuperMaia

Bismarck Maia, Gláucia Maia, Eduardo Bismarck, Nádia Maia, Fagundes Maia e Maria de Fátima Maia

06/07/2017 8:45

A pedido da Promotoria de Defesa da Ordem Tributária (PDOT), em Brasília, foi decretada, na última sexta-feira (30/06), a prisão dos empresários José Fagundes Maia Neto e Maria de Fátima Gonçalves do Santos Maia, donos da rede de supermercados SuperMaia. O casal é considerado foragido e procurado pela polícia por sonegar pelo menos R$ 200 milhões em impostos. Os dois são sogros de Eduardo Bismarck, filho do prefeito de Aracati, Bismarck Maia. Segundo o G1, o advogado disse que os empresários não se apresentaram ainda em Brasília porque estão em viagem no Nordeste. "Pedi que antecipassem o retorno e devem chegar em Brasília na sexta-feira (7). Tinham viajado para o Nordeste na sexta-feira passada, e com a notícia anteciparam o retorno". Em 2015, seis sócios-administradores do grupo SuperMaia foram denunciados por crime contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro. Eles eram acusados de não recolher o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em valor superior a R$ 200 milhões. Os crimes teriam ocorrido entre 2004 e 2015. Em 2017, nova denúncia foi ajuizada pelos mesmos crimes. O valor da fraude, praticada entre janeiro e junho de 2016, era de cerca de R$ 4 milhões. Entenda A investigação demonstrou que eles costumam realizar saques, em espécie, de valores acima de R$ 100 mil. Somente em 2017, foram sacados de contas particulares e das empresas mais de R$ 1,65 milhão. Entre as operações suspeitas realizadas pelo casal está a compra, em abril de 2017, de um par de brincos de ouro no valor de R$ 65,6 mil. O total foi pago em espécie. De acordo com o pedido de prisão, “os representados fizeram de seu meio de vida a prática reiterada de crimes contra a ordem tributária, o que ocasionou grave dano ao erário e à sociedade do Distrito Federal, contribuindo para agravar a crise financeira enfrentada pelo DF nos últimos anos.” Além de praticar os crimes tributários, os acusados escondiam a origem ilícita do dinheiro. Para isso, recorriam frequentemente à lavagem de dinheiro, reinvestindo os valores nas próprias empresas.

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