Secretário de Segurança de Fortaleza invade Câmara e chama para briga vereador que o denunciou

Antônio Azevedo e Márcio Cruz

04/02/20 13:11

O secretário de Segurança de Fortaleza, Antônio Azevedo Vieira Filho, invadiu a Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), hoje (4), e chamou o vereador Márcio Cruz, que o havia denunciado de advogar a favor de pessoas ligadas a facções criminosas, para a briga. O membro do primeiro escalão do prefeito Roberto Cláudio ainda ameaçou o acusador.

Márcio apresentou a informação nesta terça, no Plenário. Mesmo fazendo parte da base de RC, o vereador disse não admitir que tal cargo seja ocupada por pessoa que presta esse tipo de serviço.

Entenda

Após a denúncia de Márcio Cruz, outro vereador, Plácido Filho, subiu à tribuna e começou a fazer pronunciamento. Nesse momento, o secretário invadiu a Câmara, tomou o microfone de Plácido e chamou Márcio para briga.

Confira confusão

Veja nota de Márcio Cruz

“Apresentei uma denúncia contra o secretário municipal de Segurança Cidadã, na manhã desta terça-feira, na Tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza. Mesmo ocupando o cargo no Poder Executivo, desde 2013, o chefe da Guarda Municipal ainda mantinha as atividades como advogado, o que fere o Estatuto da Advocacia e da OAB. Segundo essa legislação, a função que o titular ocupa é incompatível com o exercício da advocacia pois o cargo integra o sistema de segurança e é, portanto, vinculado à atividade policial (art.28, inciso V, da Lei Federal nº8.906/94).

Fui surpreendido com a atitude do gestor que invadiu o Plenário da Casa logo após a denúncia. Eu, na condição de vereador, tenho a responsabilidade e o dever de tornar público atos de irregularidades que são denunciados ao nosso mandato, para que os órgãos competentes possam tomar as devidas providências.

Não me furtarei de continuar trazendo denúncias, como esta encaminhada pelo Sindiguardas, pois entendo que esse é meu compromisso com o povo de Fortaleza e estou resguardado pelo Art.38 da Lei Orgânica do Município que garante que a opinião, as palavras e os votos dos vereadores, no exercício do seu mandado, são invioláveis. “

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