Quatro policiais são presos por suspeita de matar a serviço de uma facção
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Quatro policiais são presos por suspeita de matar a serviço de uma facção

A prisão em sigilo ocorreu no fim de semana. Os quatro são investigados no DHPP

25/11/2019 9:27

Quatro policiais cearenses foram presos em Fortaleza, no fim de semana, por ordem da Justiça. Eles tiveram prisão temporária por 30 dias decretada pelo juiz de Direito, Victor Nunes Barroso, titular da 3ª Vara do Júri de Fortaleza, que atendeu ao pedido do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). São dois inspetores da própria Polícia Civil e dois policiais militares, acusados de um assassinato e suspeitos de outros. Os crimes teriam ligação com a “guerra” de facções no bairro Jangurussu, na zona Sul da Capital.

Os inspetores Fernando Jefferson Sales Pinheiro, conhecido como “Jefferson Pitbull”; e Herlon Martins Marques; além dos PMs Halley Handroskowy Magalhães Martins e Francisco Amaury da Silva Araújo, foram presos numa operação da Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD), em conjunto com o DHPP.

Os quatro agentes da Segurança Pública são acusados de terem assassinado um homem no bairro Jangurussu, no último dia 9. A vítima foi identificada como Álisson Xavier de Lima, 22 anos, sumariamente executado com mais de 10 tiros de pistolas de calibre Ponto 40 (.40). O crime aconteceu na Rua do Coqueiro, em frente a uma mercearia.  Na ocasião, os quatro policiais estavam a bordo de um carro de aplicativo alugado para o cometimento do crime sem que o motorista soubesse da trama dos acusados.

E foi uma importante testemunha que, ao depor no DHPP  por duas vezes, revelou como tudo aconteceu, com detalhes.  A mesma testemunha fez o reconhecimento fotográfico dos quatro policiais. 

O inspetor Herlon Martins teria comandado o crime, e foi ele quem contratou o motorista do aplicativo para irem ao encontro da vítima, contudo, na hora do assassinato ele permaneceu no carro, ao lado do guiador, enquanto os comparsas descarregavam suas armas contra a vítima. Também na hora do assassinato, um dos policiais perdeu o carregador da pistola, mas logo o encontrou, o que retardou a fuga por alguns minutos.

A investigação ocorreu em sigilo no DHPP. Além da testemunha principal do crime, a companheira da vítima e dois menores apreendidos confirmaram a participação dos policiais no crime. No despacho de prisão, o juiz assinalou que: “Em verdade, sem a prisão dos representados, ao que consta nos autos, policiais e possivelmente integrantes de uma facção criminosa, é impossível que se leve a bom termo as investigações com os esclarecimentos do fato”.

E completou: “É do conhecimento comum a crescente onda de violência que sobre todos se abate, notadamente, com o fortalecimento das conhecidas facções criminosas, o que, com intimidações de toda ordem, afastam e dificultam investigações de tão tormentosos crimes”.

Os quatro policiais estão presos em locais diferentes. Os PMs no Presídio Militar. Os dois inspetores, na Polícia Civil.

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