Polícia pede mais prazo à Justiça na investigação do desabamento do “Andréa”
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Polícia pede mais prazo à Justiça na investigação do desabamento do “Andréa”

A Polícia Civil ouviu 36 pessoas e aguarda a conclusão do laudo da Perícia Forense

Os nove mortos no desabamento do Edifício Andréa. Investigações continuam

18/11/2019 12:51

Passado um mês do desabamento do Edifício Andréa (completado na última sexta-feira, dia 15), as  autoridades ainda não chegaram aos responsáveis pelo desastre que matou nove pessoas e deixou outras sete feridas. A Polícia Civil pediu à Justiça mais prazo para a conclusão do inquérito policial instaurado para investigar o caso.

A apuração do caso está concentrada no 4º Distrito Polícia (bairro Pio XII), onde, ao menos, 36 pessoas já prestaram depoimento. Entre elas, vários sobreviventes da tragédia ocorrida na manhã do dia 15 de outubro.  Também prestaram declarações à Polícia os operários e um engenheiro que estavam envolvidos nas obras de restauração do imóvel localizado no bairro Dionísio Torres, na zona nobre da Capital.

O engenheiro civil José Anderson Gonzaga dos Santos, dono da empresa responsável pelas obras no Andréa também foi interrogado na delegacia e negou que os serviços iniciais realizados pela sua empresa tenham sido determinantes para o desabamento da edificação.

A Polícia Civil aguarda a conclusão e remessa do laudo pericial que está sendo elaborado pela equipe da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), que trabalhou na ocorrência. O laudo deve seguir os padrões do documento que foi elaborado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquiterura (Crea-CE), que mostrou graves desgastes nos pilares de sustentação do edifício de sete andares com 14 apartamentos. Tudo veio abaixo na manhã do dia 15 de outubro, por volta de 10h30.

Estrutura desgastada

As obras  de reparação havia iniciado apenas um dia antes do completo desabamento do prédio, o que levantou suspeitas de que a falta de escoramento das vigas, aliada ao desgaste natural da estrutura tenha causado o desastre.

Também foram ouvidos em depoimentos no 4º DP bombeiros militares e voluntários que participaram da operação de resgate das vítimas. Os trabalham duraram cinco dias, totalizando 103 horas de buscas nos destroços até que fosse completamente descartada a possibilidade da presença de pessoas vivas  ou mortas nos escombros.

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