Chacinas ordenadas por chefes de facções “turbinam” a alta da criminalidade no Ceará
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Chacinas ordenadas por chefes de facções “turbinam” a alta da criminalidade no Ceará

16/06/2017 14:13

E o Ceará ultrapassou nesta sexta-feira (16) a triste marca dos dois mil assassinatos em 2017. Esse “impulso” nas taxas dos Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs) se deu por conta da guerra travada entre as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE). A briga entre os grupos criminosos que, antes, era restrita aos porões do Sistema Penitenciário, passou para fora das cadeias e atinge, diretamente, os cidadãos aqui fora na sociedade. E neste contexto da violência, a Capital é a região do estado que mais vem sendo abalada. Somente entre os dias 1º de janeiro e 12 de junho, nada menos, que 789 pessoas foram mortas. Na Região Metropolitana foram 490, e no interior outras 764. Total, 2.043 homicídios.  A matança está praticamente fora do controle do estado e vem sendo “turbinada” por chacinas, onde, de uma só vez, várias pessoas perdem a vida de forma brutal. Cabe às autoridades o dever de corrigir isto. Com medidas efetivas de combate ao crime, com o confinamento dos chefes das facções e o impedimento (legal) de eles continuarem se comunicando com seus “soldados” aqui fora. A persistir a liberdade de celulares nas cadeias, dificilmente o crime será contido. Agora, a pergunta que não quer calar: Cadê os bloqueadores??? Só Jesus na causa! CHACINAS E RESPOSTAS A secretária da Justiça e da Cidadania do Ceará, procuradora de Justiça Socorro França, informou em entrevista recente, que há uma ligação entre essa matança que acontece nas ruas da Grande Fortaleza e os grupos criminosos que estão dentro das cadeias. A chacina que deixou cinco pessoas mortas na periferia da cidade de Horizonte, na RMF, teve repercussão imediata nos xadrezes e corredores da Casa de Privação Provisória da Liberdade Professor Clodoaldo Pinto, a CPPL 2, em Itaitinga, na última segunda-feira 12.  Pessoas mortas eram familiares de alguns presos daquela unidade. A revolta tomou de conta do local e os boatos de transferências de presos aumentaram o calor do clima de tensão na CPPL, culminando numa rebelião que durou cerca de 18 horas. SEM DELEGADO, SEM INVESTIGAÇÃO Os números são os que já havíamos revelado nesta coluna. Cerca de seis mil inquéritos policiais estão empilhados na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Sem delegados suficientes para presidir os inquéritos e comandar as investigações, aquele órgão não tem muito o que fazer diante de tão grave situação.  Os documentos estão inconclusos, isto é, não foram encerrados porque falta identificar os autores dos assassinatos. Isso gera uma onda de impunidade coletiva. São dezenas e dezenas de crimes de morte que, provavelmente, ficarão sem solução. Os homicidas permanecerão livres, sem a reprimenda do Estado e da Justiça. E tome impunidade neste Ceará!!! POLICIAIS DESASSISTIDOS Subiu para 16 o número de agentes da Segurança Pública mortos no Ceará. O último foi um cabo do Batalhão de Policiamento de Eventos (BPEV). José Roger Marques da Penha, 45 anos, foi executado, a tiros, na tarde de quarta-feira passada (14). Segundo informações extra-oficiais, ele tinha problemas com drogas. Chegou a ser expulso da Corporação em 2014, por conta de um caso e assassinato, mas conseguiu ser reintegrado às fileiras da Corporação pelas vias judiciais. O caso de Roger é típico em relação aos servidores da Segurança que não recebem acompanhamento terapêutico para se livrarem das drogas, da bebida e outros vícios danosos à saúde. Por sorte, o novo secretário da Segurança Pública, André Costa; e o novo Comando-Geral da PM estão atentos a isto e já anunciaram medidas para solucionar esta questão. Viva! SEGURANÇA EM SENADOR Prefeito de Senador Pompeu, Maurício Pinheiro, emitiu uma nota para falar acerca das providências que vem tomado com vistas a trazer segurança e tranqüilidade para o povo daquele Município. Tem se reunido com as autoridades da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, Ministério Público, Poder Judiciário e representantes da própria sociedade local. O objetivo é traçar estratégias que possam reduzir a criminalidade. Recentemente, uma escola municipal foi atacada por criminosos. A Polícia foi atrás e, dias depois, o caso acabou solucionado com a prisão de um dos ladrões e a recuperação dos objetos furtados. E TEM MAIS: * A falta de delegados na DHPP do Ceará é notória e quando a situação “aperta”, como vários casos de assassinatos ao mesmo tempo (o que tem se tornado rotineiro) o jeito é chamar os profissionais que estão em casa. Eles abandonam a folga e formam equipes extras. Enquanto isso, o governo tem um cadastro de reserva com candidatos de alta qualidade que passaram no concurso e estão aguardando serem convocados a fazer o curso de formação e assumir os cargos. O déficit é de mais de 350 profissionais. * Se faltam delegados na DHPP e na Polícia Civil em geral, na Perícia Forense (Pefoce) não é diferente. Nos Núcleos Regionais da instituição, em sete cidades do Interior (Juazeiro do Norte, Sobral, Russas, Quixeramobim, Tauá, Iguatu e Canindé) a situação é precária, para não dizer lastimável. Em Tauá só tem um perito. Em Iguatu também.  Em Quixeramobim só dois. Concurso já! * Um crime que não deve cair na vala da impunidade. A morte cruel e covarde do blogueiro e radialista Luis Gustavo da Silva, o “Guga”, em Aquiraz. O comunicador fazia um trabalho de qualidade e de muita repercussão naquele Município da RMF. Foi assassinado na última quarta-feira (15), na presença da esposa. Crime político ou por ordem do tráfico. A Imprensa roga ao governador Camilo Santana e ao secretário André Costa que tomem providências e não deixem que se torne mais um inquérito a ficar  sem solução no Ceará. * Uma carnificina está prestes a acontecer no Sistema Penitenciário do Ceará devido ao agravamento da “guerra” entre as facções criminosas. Na CPPL 2, detentos da massa carcerária e que não pertencem a nenhum grupo organizado, estão revoltados com os integrantes da GDE e ameaçam um confronto. Já na CPPL 3, as fugas e resgates são constantes envolvendo os membros do PCC. Na CPPL estão presos  que foram transferidos do IPPOO 2. A confusão é total no sistema. E as ameaças das facções se espalham pelas redes sociais. A coisa ta feia!!!!          

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