Empresário diz que não matou a esposa e a filha. Advogado afirma que ele mente
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Empresário diz que não matou a esposa e a filha. Advogado afirma que ele mente

Leandro Vasques diz que há provas periciais contra Barberena. O empresário nega

Vasques contesta as declarações de Marcelo Barberena

27/08/2019 12:36

“Ele confessou o crime quatro vezes, na presença do seu advogado. Agora, tenta construir uma tese pinoquiana, mentirosa”. A declaração é do advogado criminalista Leandro Vasques,  que atua como assistente  da acusação no processo em que o empresário gaúcho Marcelo Barberena Moraes é acusado de ter assassinado, a tiros, a esposa e a filha do casal. O crime aconteceu  na madrugada de 23 de agosto de 2015 em uma casa de veraneio, na cidade de Paracuru, Litoral Norte do estado (a 100Km de Fortaleza).

Na semana passada, Barberena foi solto após passar quatro anos presos à espera de julgamento. A soltura do acusado foi decidida pelo Superior Tribunal de Justiça, que acatou o pedido de habeas corpus da defesa do réu, que alegou “excesso de prazo” da prisão. Após sair da cadeia, o empresário deu entrevistas e afirmou que foi forçado e pressionado pela Polícia a confessar o crime que, segundo ele, não cometeu.

Em resposta às afirmações do empresário, o advogado da família das vítimas foi enfático ao declarar a existência no processo de várias provas técnicas colhidas pela Perícia Forense (Pefoce) na fase do inquérito policial, que não deixam dúvidas da materialidade e autoria do crime.

“A arma do crime é dele e ele admite isso. Só ele sabia onde estava a arma dentro da casa. Ele admitiu isso perante o juiz quando foi ouvido. Partículas de chumbo que se espalham quando se dispara um arma de fogo, e, portanto, são arremessadas no ar, foram encontradas nas vestes dele usadas no dia do crime.  Além disso, uma perícia constatou o DNA dele no cano da arma. Outra perícia de comprovação balística  contatou que, pelo menos um dos projéteis que atingiram as vítimas partiu da arma dele”, sustenta Vasques.

O advogado ressalta outras provas dentro do processo: “Foi comprovada a inexistência de violação na residência onde aconteceu o crime, portanto, não houve arrombamento. Ninguém de fora ingressou naquela residência para praticar o crime”. E finaliza: “Por quatro vezes ele confessou o crime, e agora tenta construir uma tese mentirosa”.

Vasques  também elogiou o trabalho de condução do inquérito policial pela delegada Socorro Portela, na época, diretora da Divisão (hoje, Departamento), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que fez questão de presidir o inquérito. “Trata-se de uma delegada absolutamente serena, equilibrada, sensata e que atuou com uma postura retilínea”.

O crime

Na madrugada do dia 23 de agosto de  2015, a Polícia foi acionada para ir até uma casa de veraneio na cidade de Paracuru e ali encontrou os corpos de  Adriana Moura de Pessoa Carvalho Moraes, 38 anos, e da filha dela, a pequena Jade Pessoa de Carvalho Moraes, de apenas 8 meses de vida. Ambas foram mortas a tiros. O marido, e pai, acabou preso pelo duplo assassinato. O casal estava em conflito e prestes a se separar. Marcelo não aceitava o fim do casamento. Provas periciais o apontaram como autor dos crimes. Ele foi preso, e confessou tudo. No último dia 6, Marcelo foi solto por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, que lhe concedeu habeas corpus. Quatro anos depois da tragédia familiar, o réu ainda aguarda julgamento.

Ouça as declarações do advogado, rebatendo as afirmações do empresário acusado do crime

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