Tombamento do campo de concentração em Senador Pompeu é destaque nacional
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Tombamento do campo de concentração em Senador Pompeu é destaque nacional

Prefeito Maurício Pinheiro acelera processo de tombamento e ganha destaque na Folha

Prefeito Maurício Pinheiro falou da iniciativa em reportagem da Folha de São Paulo

04/07/2019 9:47

“Todo povo precisa de uma história a ser contada. A nossa, apesar de triste, merece ser conhecida”.

Com estas palavras, o prefeito do Município de Senador Pompeu (a 273Km de Fortaleza), Maurício Pinheiro (PDT), é destaque em reportagem especial publicada pelo jornal Folha de São Paulo, edição desta quinta-feira (4). O motivo da matéria especial foi a decisão de Pinheiro em tombar para o patrimônio histórico do Município  a área que serviu como uma espécie de  campo de concentração para milhares de migrantes detidos durante a seca de 1932.

A área a ser tombada pelo Município é formada pelo perímetro onde estão 12 casarões e três casas de pólvora que serviram de prisão temporária para nordestinos que viam em Fortaleza uma salvação para a nova grande estiagem.  Eles lotavam trens que partiam em direção ao Ceará e o destino almejado era a Capital.

Em pouco tempo, a Capital cearense passou a ser lotada  de pedintes nas ruas, o que fez o governo da época criar os campos de concentração nas cidades do Interior por onde passava a linha férrea. Os posicionamentos dos campos, portanto,  eram estratégicos: próximo às estações de trem.

“Dali, as autoridades retiravam os clandestinos”, afirma o prefeito de Senador Pompeu

Parte dos migrantes detidos passava a executar trabalhos forçados.

Exatamente, em 1932, o governo montou seis desses campos, nos Municípios de Crato, Ipu, Quixeramobim, Cariús, Fortaleza e em Senador Pompeu.  Antes, em 1923,  instituiu o “Dia da Extinção da Mendicância, sendo para tal escolhida a data de 17 de fevereiro.  No otal, 73.918 pessoas foram confinadas nesses campos de concentração, sendo 16.221 somente no instalado em Senador Pompeu.

De acordo com a reportagem da Folha, “ser mendigo, dali em diante, tornou-se ilegal e, caso alguém fosse pego nesta situação de “graves perigos de ordem social”, será encaminhado ao Dispensário dos Pobres, sob o comando da Liga das Senhoras Católicas Brasileiras.”.

Ainda conforme a reportagem, “Na capital, os dois currais da pobreza chegaram a atrair curiosos, tal qual uma atração turística”.

O tombamento

Ainda em 2017, A Prefeitura Municipal de Senador Pompeu firmou com o Ministério Público Estadual um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), se comprometendo a tombar o sítio arquitetônico.

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