Oposição quer CPI para apurar propina de empresas às campanhas dos Ferreira Gomes
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Oposição quer CPI para apurar propina de empresas às campanhas dos Ferreira Gomes

Deputado Leonardo Araújo diz que há provas suficientes do esquema de pagamento de propinas

23/05/2017 9:52

A bancada oposicionista na Assembleia Legislativa do Ceará vai requerer a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para que seja investigada a denúncia de envolvimento do Governo do Estado em um esquema criminoso de pagamento de propina por grandes empresas para financiar fraudulentamente candidaturas de políticos governistas nas eleições de 2012, 2014 e 2016, entre elas, a eleição do governador Camilo Santana (PT). De acordo com o líder do PMDB na AL, deputado estadual Leonardo Araújo, o esquema funcionava da seguinte forma: o governo retardava propositadamente o ressarcimento do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)  pago pelas empresas. A dívida do Estado então se acumulava e às vésperas das eleições era proposto às empresas receber o que lhes era devido, mas com a contrapartida de pagar propina destinada às campanhas dos candidatos governistas. Esse esquema foi revelado, recentemente, pelo empresário da JBS, Wesley Batista, em delação premiada ao Ministério Público Federal (MPF), na qual foram citados o ex-governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes; o ex-chefe da Casa Civil e atualmente secretário de Turismo do Estado, Arialdo Pinho; e o deputado federal licenciado Antônio Ballhmann, nomeado por Camilo como assessor especial para Assuntos Internacionais do Governo. Financiar campanhas Em entrevista ao programa “Ceará News” desta terça-feira (23), na Rede Plus de Rádio FM, Leonardo Araújo revelou já possuir relatórios que revelam fatos graves. O esquema não beneficiou somente a JBS. Outras grandes empresas e indústrias que se instalaram no Ceará, teriam entrado no mesmo esquema de pagar propina para financiar campanhas em troca do recebimento do ICMS recolhido. “O grupo do governador Cid Gomes deixava de efetuar os pagamentos (às empresas)  nos anos anteriores aos períodos eleitorais, para causar acúmulo nos anos de eleição. Com esse acúmulo, eles se dirigiam aos grandes empresários, e não foi apenas a JBS, e fazia a restituição do ICMS, porém pediam as doações de campanha”. E prossegue: “Não adianta o ex-governador Cid Gomes querer se defender, pois a documentação é farta, e além de farta, é visível a olho nu. Não precisa você se auditor para enxergar  que algo há de errado nessa negociação. O grupo JBS  começou a fazer doação para o governador Camilo Santana no dia 12 de agosto. No dia 14, o Estado começou a devolver o crédito deles. Todo mundo sabe que o responsável de trazer empresas para cá e fazer isenção é o deputado Antônio Ballhamann, e que o responsável que fazia o recolhimento do dinheiro era o Arialdo Pinho”. E repete: “A delação do grupo JBS só confirma o que é público e notório no Ceará. O responsável por captar as empresas é o Ballhamnn, e todos sabem que o responsável por recolher o dinheiro dessas empresas, para as campanhas dos Ferreira Gomes, é o Arialdo. A delação é perfeita”. Ouça a entrevista abaixo:

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