A suspeita de lavagem de dinheiro pelo PSL do Ceará nas Eleições 2018 é grande. Principalmente com relação à candidata à deputada estadual Gislani Maia. O jornal O Globo, desta sexta-feira (22), traz matéria que mostra a política derrotada recebendo do partido, em um só dia, R$ 150 mil -- no dia 5 de outubro, menos de 48 horas antes do primeiro turno. Com o dinheiro, segundo notas fiscais, ela mandou produzir em três gráficas, no valor de quase R$ 143 mil, 4,8 milhões de santinhos, panfletos e botons, além de 20 mil adesivos para carros. Segundo a publicação, a maior parte da despesa da candidata — R$ 103,2 mil — foi concentrada em uma única gráfica, a M C de Holanda Carvalho, cujo nome fantasia é EH 8 Comunicação Visual. A gráfica também imprimiu material para o então candidato a deputado federal Heitor Freire (eleito). Ainda segundo O Globo, Gislani foi a única mulher a receber dinheiro do PSL no Ceará, embora o partido tenha tido outras 18 candidaturas femininas no estado. Além dela, apenas Heitor Freire, presidente da sigla no estado, foi beneficiado com recursos partidários. Freire foi eleito deputado federal e apresentou gastos de campanha de R$ 64,2 mil, menos da metade de Gislani. Em tempo  Gislani obteve 3.501 votos. Em tempo II Gislani afirmou ao O Globo que em setembro recebeu de Heitor Freire a garantia de que receberia recursos e, então, fez o pedido às gráficas. Questionada se havia algum documento que demonstrasse a solicitação do material feito mesmo sem garantia do pagamento, informou que foi feito um “contrato de confiança", mas que não tinha uma cópia do documento. Afirmou ainda que, na sua encomenda, havia material para outros candidatos, mas que, em todos, também aparecia seu rosto. Em tempo II O jornal procurou Heitor, que disse que "o dinheiro vem direto da nacional para a conta do candidato, sem ingerência da estadual". Ele pediu para O Globo mandar perguntas por e-mail sobre outros questionamentos, mas não respondeu. Veja matéria de O Globo