Após 23 anos do sequestro no IPPS, “Carioca” voltou ao Ceará para outro crime
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Após 23 anos do sequestro no IPPS, “Carioca” voltou ao Ceará para outro crime

Era a tarde de 15 de março de 1994 quando "Carioca" dominou Dom Aloísio durante visita pastoral no IPPS

09/05/2017 9:16

Há exatos 23 anos e dois meses, o Ceará era sacudido com a notícia do seqüestro da maior autoridade da Igreja católica no estado, o arcebispo de Fortaleza, Dom Aloísio Lorscheider. Durante uma cerimônia de lava-pés numa Quinta-Feira Santa (dia 15 de março de 1994), no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPP), a maior unidade carcerária cearense, da época, o religioso foi tomado como refém  junto com outras 11 pessoas, entre elas, autoridades e jornalistas. Era o começo de uma rebelião e fuga que ficaram marcadas na história do Ceará. O preso que comandou o ataque às autoridades foi o cearense Antônio Carlos Barbosa, o “Carioca”, capturado na madrugada de hoje numa operação do Batalhão de Choque da Polícia Militar.  Junto com outros delinqüentes, ele planejava resgatar membros da facção criminosa PCC no presídio CPPL 3, em Itaitinga, na região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Com um cossoco (arma branca artesanal) na mão, ele deu uma “gravata” no arcebispo e colocou a lâmina no pescoço do religioso, ameaçando matá-lo caso a Polícia reagisse. Enquanto isso, outros 13 detentos dominavam o restante dos reféns, incluindo representantes de entidades ligadas aos Direitos Humanos e à Pastoral Carcerária. Fuga e resgate Durante horas, “Carioca” esteve à frente das negociações com as autoridades para arquitetar a fuga do presídio. Até que conseguiu seu intento. Num carro-forte cedido aos bandidos pela Polícia, com o aval do governo, os 11 reféns e os 14 criminosos deixaram a penitenciária à noite e seguiram pela BR-116 em direção ao Sertão Central, enquanto um longo comboio de  viaturas policiais e carros de reportagem da Imprensa tentava seguir o blindado. Ao longo do trajeto, alguns reféns foram libertados, mas Dom Aloísio seguiu com os bandidos. Somente no amanhecer do dia seguinte, o sacerdote foi resgatado pela Polícia depois que “Carioca” e seus comparsas abandonaram o carro-forte em um matagal na região conhecida como Serra Azul, na zona rural de Quixadá (a 154Km de Fortaleza). Na fuga desesperada, os criminosos lançaram o blindado contra uma cerca e não puderam mais seguir em frente. O bando se dispersou no mato e Dom Aloísio foi retirado do veículo pelos policiais. “Carioca” O líder do motim e fuga acabou sendo capturado uma semana depois, após vários dias de escaramuças da Polícia e dos foragidos nas matas de Quixadá.  Também foram detidos outros participantes do seqüestro no IPPS, como o assaltante estuprador João da Silva Queirós, o “Maturi”; e Francisco Roberto Muniz, o “Robertinho”. Outros bandidos morreram em confronto com as forças policiais naquela região. Depois disso, “Carioca” foi enviado para um presídio federal em São Paulo.  Na madrugada desta terça-feira (9), porém, ele voltou a ser preso no Ceará quando se preparava para comandar o ataque à CPPL 3 e resgate de comparsas membros do PCC. LEIA TAMBÉM:

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