O governador Camilo Santana (PT) afirmou, em entrevista ao Estadão divulgada neste sábado (15), estar sendo vítima de "preconceito" dentro do PT devido à sua aliança com o presidenciável Ciro Gomes (PDT). "Eu questionei a direção do partido e solicitei que fosse revisado esse critério. O Ceará tem um grande colégio eleitoral. Dos governador do PT, somos o terceiro - só perdendo para Minas Gerais e Bahia. Não acho que seja o critério correto. Estou aguardando uma posição da direção nacional", disse Camilo. A crise entre Camilo e a direção nacional petista foi agravada após a oficialização de Fernando Haddad (PT) como presidenciável do PT, substituindo o ex-presidente Lula na disputa. Haddad está sendo ignorado na campanha de Camilo à reeleição no Ceará. O governador, no entanto, participa faz campanha ao lado de Ciro no Estado. Repasses Para Camilo, no entanto, é a cúpula do PT que age com preconceito contra ele. Até a última quinta-feira (13), o partido só havia repassado R$ 785 mil a Camilo através do fundo partidário, o menor valor enviado a um candidato ao Governo. Após as críticas do governador, o valor subiu para R$ 900 mil, superando apenas o repasse à reeleição de Wellington Dias no Piauí. Candidatos petistas com poucas chances de vitória, como Miragaya, no Distrito Federal, e Jackeline Rocha, no Espírito Santo, receberam R$ 1 milhão cada.