Ministro do Supremo quer ouvir Cid Gomes, Balhman e PGR sobre propina da J&F
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Ministro do Supremo quer ouvir Cid Gomes, Balhman e PGR sobre propina da J&F

Edson Fachin mandou delação para Justiça Federal do Ceará analisar os fatos de 2010

13/06/2018 21:30

A Procuradoria Geral da República, o deputado federal Antonio Balhmann e o ex-governador Cid Goems, terão que se manifestar sobre a remessa da delação premiada da J&F que cita os dois para a primeira instância da Justiça. A determinação é do ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, e foi enviada à Procuradoria nesta quarta-feira (13). A pedido da Procuradoria Geral da República, Fachin mandou, no mês passado, a delação para a Justiça Federal do Ceará analisar os fatos de 2010. Mas o juiz consultou novamente o ministro porque um dos fatos ocorreu em 2014 e poderia ser continuidade do primeiro e, na ocasião, Balhmann já era deputado federal. Para Fachin, apesar de a contrapartida visada pela J&F consistir em pagamento de débitos do governo, "infere-se possível relevância da conduta atribuída ao parlamentar na dinâmica dos fatos delituosos, mormente quando os pagamentos somente teriam sido levados a efeito após a intercessão do congressista". Por isso, ele pediu que a Procuradoria Geral da República e os dois citados nas delações se manifestem sobre se o caso deve correr no Supremo ou na primeira instância da Justiça Federal. Entenda o caso Em delação premiada, Wesley Batista, um dos donos do grupo, disse que Cid Gomes teria recebido, em 2010, R$ 5 milhões como contribuição para reeleição e, como contrapartida, teria liberado créditos tributários de ICMS. Em 2014, Cid Gomes teria pedido R$ 20 milhões, mas, diante da negativa, o deputado Balhmann teria intercedido, afirmando que o estado honraria pagamentos no valor de R$ 110 milhões.  

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