Mulher baleada dentro do carro por policiais militares em ação desastrosa na Capital
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Mulher baleada dentro do carro por policiais militares em ação desastrosa na Capital

Policiais atiraram no carro onde estava uma mulher de 42 anos, sua filha de 19 anos e uma criança. Eles teriam confundido o veículo com um carro roubado. A vítima está em estado grave no hospital. Os PMs se apresentaram numa delegacia

O tiro foi disparado pelo PM com uma carabina de calibre Ponto 40 (.40)

12/06/2018 7:44

Uma mulher de 42 anos foi baleada  e está em estado grave no Instituto Doutor José Frota (IJF). Ela foi vítima de mais uma abordagem desastrosa de policiais militares novatos nas ruas de Fortaleza. O caso ocorreu na noite desta segunda-feira (11), em plena Avenida Oliveira Paiva, na Cidade dos Funcionários, na zona Sul de Fortaleza. PMs do Pelotão de Motos de uma Unidade Integrada de Segurança (Uniseg) abriram fogo contra o veículo onde estava a vítima, sua filha de 19 anos e uma criança. Teria confundido o veículo com outro carro que teria sido roubado na área. A vítima do tiro da PM foi identificada como Gisele Távora Araújo, 42 anos. Ela foi atingida por um tiro de uma carabina de calibre Ponto 40. A arma era manuseada por um policial que estava na garupa de uma das motopatrulhas envolvidas na ocorrência. O tiro penetrou nas costas da mulher e teria saído no tórax. Ela desmaiou imediatamente. Populares que presenciaram a cena disseram que os policiais ficaram desesperados e um deles, possivelmente o que disparou o tiro, ficou gritando no meio da avenida, perguntando por que a guiadora não havia parado o carro.  O carro, modelo HB-20, ficou perfurado pelos tiros disparados pelos PMs e foi levado para o pátio do 13º DP (Cidade dos Funcionários). A mulher foi encaminhada em, estado grave para o IJF e ainda na madrugada desta terça-feira (12) foi submetida a uma cirurgia. O PM se apresentou espontaneamente na delegacia e prestou depoimento, sendo liberado logo a seguir. Mais casos Este foi o terceiro caso em menos de dois meses,  em que cidadãos são baleados durante ações da Polícia Militar. Na manhã do dia 6 de maio, o jovem Wellington Matias de Sousa, 32 anos, coordenador de call Center,  dirigia seu veículo pela Avenida José Bastos, no bairro Demócrito Rocha, quando foi baleado e morto durante uma perseguição de PMs a um carro roubado ocupado por assaltantes. O tiro, supostamente, foi disparado de uma carabina calibre Ponto 40, que atravessou o porta-malas e os bancos traseiro e dianteiro, atingindo a vítima nas costas, à exemplo do que ocorreu na noite de ontem. Wellington ainda foi encaminhado ao IJF-Centro, mas morreu pouco tempo depois. O secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, prometeu à família da vítima apurar o fato, mas não deu nenhuma resposta até agora. Em abril, uma criança de apenas 6 anos de vida  foi baleada e morta durante um cerco da PM em uma residência no bairro Bom Jardim. O fato aconteceu no dia 26, quando a Polícia descobriu que numa residência na comunidade do Urubu, havia drogas e armas de fogo em poder de uma mulher que seria tia da criança. Durante a ação da Polícia, a criança e a tia foram feridos a tiros. Baleado, por PMs, o menino José Isaac Santiago da Silva chegou a ser socorrido a um hospital da região, mas não resistiu. Segundo versão da PM, a tia (acusada de tráfico e de ter atirado em um militar) fez da criança “escudo humano”. O caso está sendo apurado pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD).

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