Polícia suspeita que incêndio nos Correios tenha sido provocado por traficantes
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Polícia suspeita que incêndio nos Correios tenha sido provocado por traficantes

Objetivo dos criminosos seria a destruição de aparelhos de Raio-X que tinham a capacidade de detectar a presença de drogas sintéticas nas encomendas. A investigação segue em sigilo e a Polícia aguarda laudos da Perícia Forense

O incêndio ocorreu na tarde de terça-feira de Carnaval e destruiu galpões

27/02/2018 11:18

O incêndio que destruiu os galpões do Centro de Triagem e Distribuição dos Correios em Fortaleza, na tarde da terça-feira de Carnaval (13), está ainda sob investigação da Polícia Civil e da Perícia Forense do Ceará (Pefoce), que já teriam descoberto indícios de um ato criminoso. A destruição de aparelhos de Raio X capazes de detectar a presença de drogas sintéticas em meios às encomendas seria um dos objetivos dos responsáveis pelo sinistro. Traficantes de drogas produzidas na Europa estariam interessados na destruição desses aparelhos. Na manhã desta segunda-feira (26), mais um fato  veio reforçar a suspeita do crime.  Técnicos da Defesa Civil de Fortaleza, juntamente com o Corpo de Bombeiros,  fizeram uma varredura no local e constataram sinais de atividade radioativa em meios ao que sobrou dos galpões onde estavam milhares de encomendas a serem entregues aos destinatários na Capital. Essa radioatividade – de baixo risco, segundo os técnicos – teria como fonte exatamente os aparelhos de Raio-X que tinham a capacidade de detectar drogas sintéticas.  Nos aparelhos são acoplados espectrômetros de massa, equipamentos utilizados para identificar os diferentes átomos que compõem uma substância, isto é, fazem uma análise química qualitativa e quantitativa. Portanto, os aparelhos estariam detectando drogas enviadas para o Ceará através dos Correios. Virou cinzas Ao perceber que estariam prestes a ter grandes prejuízos com a perda do material  para a fabricação ou mesmo dos entorpecentes já prontos, e de uma possível prisão, traficantes teriam decidido causar o incêndio, como de fato ocorreu na tarde do último dia de Carnaval.  As drogas sintéticas mais comuns encontradas neste tipo de investigação são o ecstasy e LSD, entorpecentes de alto custo e, geralmente, consumidas por jovens de classes média e alta em festas como raves. As investigações prosseguem em sigilo, mas em ritmo acelerado. A Polícia Civil aguarda da Perícia Forense os laudos finais que vão indicar a origem do fogo que destruiu os galpões e, consequentemente, os aparelhos de Raio X, além de uma imensa quantidade de mercadorias de todos os gêneros que acabaram se transformando em cinzas. Na vistoria realizada ontem, os técnicos e bombeiros chegaram a recolher no local do sinistro um espectrômetro de massas que contém uma fonte radioativa de níquel 63, mas que, segundo os especialistas, é de baixa atividade e causa um baixo risco de contaminação. Nota de Esclarecimento A assessoria do Correios entrou em contato com o Ceará News 7 para divulgar uma nota de esclarecimento sobre a destruição do aparelho no incêndio. Confira: "Os Correios esclarecem que o Centro de Triagem de Cartas e Encomendas (CTCE Fortaleza), onde ocorreu o incidente no dia 13/2, possuía um equipamento de detecção e identificação de encomendas, utilizado para encontrar objetos com conteúdos proibidos e ilícitos. Este aparelho possui uma fonte radioativa de níquel 63, de baixa atividade e nenhum risco de contaminação. Após o incêndio, a empresa adotou as providências necessárias, como o isolamento da área em que se localizava o equipamento. Também foi realizado contato direto com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Após o informe da situação à autarquia federal, foi realizada, no dia 14/2, a visita de técnicos da CNEN às instalações da empresa para monitorar a radiação, avaliar as condições de risco da unidade e confirmar a localização da referida fonte. Após a visita técnica, o equipamento foi retirado do local pela equipe da CNEN. Os procedimentos foram realizados segundo os protocolos de emergência radiológica da Comissão, visando à segurança de todos os envolvidos e também da vizinhança no entorno do prédio. A empresa ainda aguarda a conclusão da perícia feita pela Polícia Federal para identificar as causas do incêndio e em paralelo está realizando o levantamento da carga postal atingida. Em relação à origem das chamas que atingiram o CTCE Fortaleza, os Correios reiteram que é prematuro especular quais foram as possíveis causas. Somente o resultado das investigações poderá trazer as respostas".

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