Ciro fica contra intervenção no Rio e teme que facções corrompam Exército
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Ciro fica contra intervenção no Rio e teme que facções corrompam Exército

"Trata-se de uma aposta irresponsável num centro importante de irradiação politica", escreveu o FG

Ciro Gomes (PDT)

17/02/2018 9:03

O presidenciável Ciro Gomes (PDT) entende de tudo. Após Temer decretar intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro, ele, que está com o nariz de molho, escreveu um texto no Facebook, dizendo que a motivação é mesquinha e politiqueira. Ciro, que defende o Ronda do Quarteirão como a melhor coisa que já existiu para combater a criminalidade no Ceará -- tão bom que o governador Camilo o extinguiu, e o Estado está tomado pelas facções criminosas --, desceu a lenha na estratégia de Michel para estancar a sangria no RJ. "Trata-se de uma aposta irresponsável num centro importante de irradiação politica". O pedetista, com um medo que não lhe é peculiar, está temeroso que o Exército se corrompa ao ter contato mais direto com o tráfico -- no combate aos bandidos e às drogas, é bom deixar bem claro. "A corrupção no aparelho policial do Rio, e do Brasil vai procurar caminhos para se relacionar com o Exército", escreveu o FG. Em tempo Depois de jogar muita urucubaca, Ciro termina o tratado sobre Segurança Pública assim: "Torço muito que possa dar certo, mas duvido muito"! Com certeza, ele continua acreditando que o Ronda do Quarteirão é a melhor forma de combater o crime. Confira o texto de Ciro na íntegra Não andam fáceis as coisas para os brasileiros. Em nenhuma área. Agora temos que entender a intervenção federal na segurança pública no Rio de Janeiro. Ninguém duvide: a motivação é mesquinha e politiqueira. Biombo para o fracasso politico da malfadada reforma da previdência que de reforma nada tem, trata-se de uma aposta irresponsável num centro importante de irradiação politica para retirar da absoluta ilegitimidade politica um governo caracterizado por uma agenda anti-povo, anti-nacional e pela metástase da corrupção generalizada. Mas corresponde a uma súplica generalizada da sociedade brasileira que anda com medo e com justíssima queixa de seus governantes impotentes diante do crime e da violência banalizados e da crescente audácia de facções criminosas organizadas e empoderadas por anos de conivência e omissões de governos dos principais estados brasileiros em sua origem. O general a quem se atribuiu a penosa tarefa, Walter Braga Neto, é o que há de melhor em nossas forças armadas. Sério, competente e com elevado espírito publico, deve ter o apoio de todos nós.Mas deve saber, com clareza, que sem os meios corretos, sem inovações institucionais profundas, sem uma convergência com um ministério publico e um poder judiciário muito diferentes do que temos, por media, sua tarefa corre muitos riscos. Faz tempo que nações poderosas querem que as forças de defesa de países como o Brasil abandonem sua missão institucional para se converterem em forças de segurança pública e combate ao narcotráfico. Não podemos aceitar isto! A corrupção no aparelho policial do Rio, e do Brasil vai procurar caminhos para se relacionar com o Exército. Repelir o inimigo é tarefa muito diferente de formar a culpa e condenar criminosos. Um jovem soldado morto pelas milícias, por policiais corruptos ou pelas falanges do narcotráfico e ou facções criminosas é fato comovente que podemos esperar ao se envolverem tropas sem nenhum treinamento em segurança pública. Torço muito que possa dar certo, mas duvido muito! Veja a postagem de Ciro

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